É claro que todos na fila olharam com um ponto de interrogação no rosto. O mesmo que tive ao testar essa caderneta de anotações virtual, com caneta stylus e tudo.
No meio do caminho entre smartphone e tablet, ela tem 5,3 polegadas. É gigante. Roda Android na versão 2.3, mas faria todo o sentido com o novo Ice Cream Sandwich -sistema com visual idêntico para todos os equipamentos portáteis, não importando o tamanho da tela.
A atualização, prometida pela Samsung, deve amenizar a sensação de que ícones e widgets ficam espalhados num grande espaço vazio.
Motivo de piada nos últimos celulares touchscreen que vieram com ela, a caneta é realmente útil. Isso porque o aplicativo para rabiscos virtuais (chamado S Note) funciona bem e pode ser aberto simultaneamente por cima de outro programa.
Sua precisão, no entanto, está longe da ideal, assim como o tempo de resposta ao toque na tela com o objeto.
Uma série de aplicativos especiais para trabalhar com a caneta vem na Choice S, uma loja exclusiva para o produto na Samsung Apps. Há, por exemplo, um software colaborativo, como o Google Docs, e outro que permite escrever notas num PDF.
Pelas medidas impressionantes de 8,5 por 14,5 centímetros, a espessura de 9,5 milímetros e o peso de 180 gramas agradam. A câmera, de 8 Mpixels, também é boa.
A interface personalizada pela Samsung apresenta lentidão incompatível com essa lista de especificações. Mas não chega a irritar.
Ruim mesmo é a duração da bateria. A tela Super AMOLED, ultrabrilhante e com resolução de 1.280x800 pixels, não poderia mesmo deixar o aparelho, lançado por R$ 1.999, acordado por mais de 6 horas, com Wi-Fi e GPS ligados.
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