A Research in Motion recusou abordagens sobre uma possível aquisição
pela Amazon.com e outros compradores porque a fabricante do BlackBerry
prefere resolver seus problemas sozinha, de acordo com pessoas
informadas sobre a situação.
A Amazon contratou um banco de investimentos, em meados do ano, para
estudar uma possível fusão com a RIM, mas não apresentou oferta formal,
disse uma das fontes. Não se sabe se as conversações informais entre
Amazon e RIM chegaram a valores, nem quais outros interessados teriam
abordado a RIM para uma possível aquisição.
O conselho da RIM quer que os co-presidentes-executivos Mike Lazaridis e
Jim Balsillie tenham como foco a recuperação da empresa por meio do
lançamento de novos celulares, melhor uso de ativos como o BlackBerry
Messaging e reestruturação, segundo duas fontes. RIM e Amazon se
recusaram a comentar o assunto.
Embora a RIM possa fechar acordos de licenciamento de tecnologia e
outras formas de parceria comercial para ampliar sua receita, uma venda
direta ou a criação de uma joint-venture, por enquanto, não constam de
seus planos, disseram as fontes.
"Houve abordagens por outros interessados, que desejavam conversar",
disse um executivo de investimento em tecnologia em um banco de Wall
Street. "A questão é que é difícil encontrar um valor que faça sentido,
na situação deles."
As ações da fabricante canadense de smartphones vêm sofrendo fortes perdas.
O valor de mercado da RIM caiu 77% nos 12 últimos meses, para US$ 6,8
bilhões, depois de uma série de resultados decepcionantes, atrasos nas
vendas de celulares, vendas fracas do tablet PlayBook e outros tropeços.
As ações sofreram nova queda na semana passada com o anúncio de
resultados trimestrais inferiores aos esperados e do atraso no
lançamento dos novos modelos BlackBerry 10.
Amazon e RIM ainda estão discutindo formas de expandir suas alianças
comerciais, que atualmente incluem um serviço lançado no ano passado
para disponibilizar catálogos de músicas a alguns usuários do
BlackBerry, segundo as fontes.
A Amazon lançou o tablet Kindle Fire em novembro, que, juntamente com o
conteúdo que a empresa pode ofertar, é visto como concorrente potencial
para o iPad, da Apple, e para a iTunes. A Amazon não fabrica
smartphones.
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