quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mais celulares passarão a usar HTML5

A venda global de celulares que rodam a linguagem HTML5 deve crescer de 336 milhões para 1 bilhão de aparelhos até 2013, segundo dados da consultoria Strategy Analytics.
A tecnologia permite a visualização de conteúdos e serviços móveis sem que o usuário precise baixá-los das lojas de aplicativos como a App Store, da Apple.
Para o acesso, é utilizado o próprio navegador de internet e criado um atalho na tela inicial do aparelho.
O crescimento está relacionado ao interesse dos fabricantes em deixar seus aparelhos compatíveis com conteúdos crescentes envolvendo a tecnologia, como jornais, revistas e serviços.
Hoje, aparelhos como iPhone 4 e 4S, da Apple, e Galaxy Tab, da Samsung, já aceitam a tecnologia.
Segundo a consultoria IDC, 15% dos novos programas para aparelhos móveis serão feitos em HTML5 já em 2012, que serão rodados em tablets, celulares e TVs conectadas.
"Essa linguagem está crescendo principalmente como alternativa às tradicionais e inflexíveis lojas de aplicativos, como a App Store", diz Nick Dillon, analista da consultoria britânica Ovum.
A Apple retém 30% do valor das vendas dos aplicativos colocados em sua loja e os desenvolvedores começam a descobrir no HTML5 uma nova forma de apresentar seus programas.
A atualização desses softwares na linguagem também é rápida e não precisa passar pela aprovação da Apple.
A Folha lançou seu aplicativo em HTML5 na semana passada. Ele permite unificar a experiência do leitor em distintos aparelhos.
O aplicativo pode ser visto pelo navegador (no endereço app.folha.com), e, depois do primeiro acesso, é possível criar um ícone na tela inicial do celular ou tablet.
O programa dá acesso aos textos e às imagens da versão impressa do jornal e às atualizações mais importantes do noticiário do dia, além de textos de análises e colunistas.
"A grande vantagem do HTML5 é que o acesso ao conteúdo é muito mais rápido. Cada uma das notícias é exibida sob demanda, no momento da leitura", diz Luli Radfahrer, Ph.D. em comunicação digital pela USP e colunista da Folha.
"Isso evita que o jornal seja carregado de uma vez e o usuário tenha que esperar mais tempo para ter acesso ao conteúdo."
Fora do Brasil, a experiência também foi testada pelo jornal britânico "Financial Times", que já registrou mais de 1 milhão de usuários.

Nenhum comentário: