Os hackers podem usar essa vulnerabilidade na tecnologia de redes GSM, utilizada por bilhões de pessoas em cerca de 80% do mercado mundial de telefonia móvel, para enviar mensagens de texto ou fazer chamadas a serviços dispendiosos, segundo Karsten Nohl, diretor do Security Research Labs, na Alemanha.
Visitantes do Mobile World Congress, maior evento de telefonia móvel do mundo, em Barcelona |
"Podemos atingir centenas de milhares de aparelhos em prazo relativamente curto", disse Nohl antes de uma apresentação em uma convenção em Berlim, nesta terça-feira.
Ataques a sistemas empresariais de telefonia fixa são bastante comuns, muitas vezes envolvendo números de telefones que cobram uma tarifa adicional por chamada, estabelecidos por hackers na Europa Oriental, na África e na Ásia.
Os hackers instruem o telefone invadido a ligar para esses números, recolhem o dinheiro angariado e abandonam o uso do número antes que a atividade possa ser rastreada.
Os usuários, em geral, não identificam o problema antes de receber suas contas, e as operadoras de telefonia móvel muitas vezes arcam com o custo, total ou parcialmente.
Ainda que Nohl não deva apresentar detalhes quanto ao método de ataque, na conferência, ele disse que os hackers serão capazes de reproduzir o código necessário aos ataques em questão de semanas.
As redes móveis da T-Mobile, na Alemanha, e da SFR, na França, oferecem aos seus clientes a maior proteção contra criminosos on-line que desejem interceptar suas chamadas ou rastrear seus movimentos, de acordo com um ranking que Nohl vai exibir na apresentação.
O novo ranking, disponível no site gsmmap.org, permite que o consumidor veja como sua operadora está se saindo nesse sentido, e que qualquer interessado participe da avaliação do nível de segurança de cada operadora.
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