O novo modelo é comparável aos aparelhos topo de linha da Samsung (Galaxy S 2) e da Motorola (Razr).
Como a maioria desses celulares espertos, o 4S fotografa, manda e-mail, navega na internet, toca música e, olha só, até faz e recebe ligações.
Seu principal diferencial é o sistema operacional da Apple, o iOS 5, que é muito intuitivo --os ícones de cada função são grandes, simples e claros, o que torna fácil o uso do aparelho, mesmo para quem nunca mexeu em celulares com telas sensíveis ao toque.
O 4S também é muito rápido para navegação na web (quando a conexão 3G ou Wi-Fi colabora) e para enviar mensagens ou e-mails.
Outro atrativo é a quantidade de aplicativos que a Apple oferece: mais de 500 mil, segundo a empresa, entre pagos e gratuitos (contra 300 mil dos aparelhos que usam o sistema Android, do Google).
A câmera, que, além de fotos, faz vídeos em Full HD, é o principal destaque do novo iPhone. Com sua resolução de 8 Mpixels e um filtro automático que compensa deficiências de luz, cor e contraste, a câmera do 4S é a melhor entre os smartphones lançados no Brasil. Sua única deficiência é o zoom, apenas digital, que distorce a imagem, problema recorrente desse tipo de recurso.
Quem já tem um iPhone, por outro lado, deve pensar duas vezes antes de gastar até R$ 2.699 pelo aparelho. Para os donos do iPhone 4 e do iPhone 3GS, a resposta é fácil: poupe seu dinheiro.
Esses dois modelos rodam com o mesmo iOS 5 do 4S, e a oferta de apps é a mesma. Sim, a câmera do 4S é melhor, mas a do 4, com 5 Mpixels de resolução, já era muito boa. A do 3GS, com 3 Mpixels, dá conta do recado.
O aplicativo Siri, que nos EUA foi apresentado como grande novo recurso do 4S e que seria um chamariz para quem já tem iPhone, é praticamente inútil no Brasil. É uma assistente pessoal, acionada por voz, que manda mensagens, anota lembretes e compromissos, faz ligações.
É uma robozinha, com voz de mulher, que conversa com o usuário. Mas essa moça não fala português e só dará atenção a quem questioná-la em inglês, francês ou alemão. É até divertido testá-la, mas não dá para usá-la no dia a dia.
No teste da Folha, a bateria, um eterno problema dos celulares multifuncionais, aguentou cerca de seis horas de conversação. Ou seja, o mesmo que os modelos anteriores.
MODELO PIRATA
Há duas semanas um clone do iPhone 4S já é vendido nos shoppings de contrabando em São Paulo.
As réplicas chinesas mais parecidas com o 4S custam entre R$ 250 e R$ 270, comportam dois chips celulares e prometem TV digital e rádio, funções que o aparelho verdadeiro não possui.
No aparelho falsificado testado pela Folha, apenas chamadas telefônicas e troca de mensagens de texto funcionaram de maneira razoável. As imagens da câmera digital saíram tremidas para vídeo e fotos. A TV sintonizou apenas um canal.
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