O governo municipal de Pequim disse nesta sexta-feira que intensificará o
controle sobre os microblogues de ampla circulação, que têm incomodado
as autoridades com a rápida divulgação de notícias. A prefeitura deu aos
usuários prazo de três meses para registrar seus verdadeiros nomes ou
enfrentar consequências legais.
A China criticou repetidas vezes os microblogues por espalhar de forma
irresponsável o que chamou de rumores infundados e vulgaridades, e
emitiu uma série de alertas nos últimos meses avisando que os conteúdos
publicados devem ser aceitáveis para o Partido Comunista, que governa o
país.
Microblogues como o Weibo, da empresa Sina, permitem aos usuários
publicar mensagens curtas de opinião --de no máximo 140 caracteres
chineses-- que podem ser transmitidos para uma cadeia de usuários que
recebem as mensagens instantaneamente.
Censores enfrentam a dificuldade de monitorar as dezenas de milhões de
mensagens enviadas diariamente, e os usuários já se tornaram
especialistas em usar com sagacidade as nuances da linguagem para
discutir temas sensíveis como direitos humanos e as falhas da liderança
política.
Agora, segundo regras estipuladas pelo governo municipal da capital
chinesa, divulgadas pela mídia estatal, usuários individuais e
corporativos devem registrar seus verdadeiros dados de identidade.
Os usuários têm três meses para se cadastrar nos "departamentos
responsáveis pelo conteúdo na Internet", do contrário enfrentarão
consequências legais, informou o governo.
No entanto, as pessoas poderão escolher seus nomes de usuários, disse a
agência estatal de notícias Xinhua, citando uma fonte do Departamento de
Informação na Internet de Pequim.
A China tem mais de 300 milhões de microblogueiros registrados, apesar de muitos terem mais de uma conta.
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