terça-feira, 19 de abril de 2011

Sob críticas, RIM lança tablet PlayBook nos EUA e Canadá

A Research in Motion (RIM), produtora dos celulares BlackBerry, lançou seu aguardado computador tablet nas lojas dos Estados Unidos e Canadá nesta terça-feira, em batalha para conquistar usuários do iPad, da Apple.
A aposta não poderia ser mais alta para a companhia canadense, que viu o BlackBerry dominar o mercado de celulares inteligentes para depois ver o aparelho enfrentar dificuldades na concorrência contra o iPhone e os diversos aparelhos acionados pelo sistema operacional Google Android.
O lançamento do PlayBook, porém, não contou com críticas positivas; o tablet só permite acesso à internet por rede Wi-Fi e não conta com os aplicativos de e-mail e agenda que são a marca registrada da RIM.
O aparelho precisa estar ligado a um BlackBerry para acessar esses serviços. No entanto, redes de varejo como a Staples e a BestBuy afirmam que as pré-encomendas sólidas do aparelho sugerem existir demanda reprimida por uma alternativa de alta capacidade ao iPad.
Cerca de 20 mil lojas nos EUA e Canadá estão oferecendo o PlayBook e o aparelho também será vendido diretamente a empresas.
Alguns observadores dizem que é injusto comparar os concorrentes ao iPad, que iniciou o mercado de tablets ao ser lançado em abril do ano passado. A Apple vendeu quase 15 milhões de iPads em 2010, e a RIM deve vender cerca de 3 milhões de PlayBooks ao longo de um período semelhante em 2011, de acordo com 18 analistas pesquisados pela Reuters.
"Não é um produto que jogue na mesma liga que o iPad", disse Al Hilwa, analista da IDC em Seattle. "A questão é determinar se venderá mais que o Xoom, mas menos que o Galaxy", disse ele, em referência aos tablets acionados pelo Android produzidos por Motorola e Samsung.
Demonstrando o quanto é difícil gerar entusiasmo semelhante ao dos lançamentos da Apple, a Staples Canada abandonou o plano de abrir suas lojas à meia-noite e optou por um lançamento mais discreto, iniciando às 7h desta terça-feira.
"Nossa ideia é que faz mais sentido para os clientes empresariais passar pela loja a caminho do trabalho", disse Pete Gibel, o vice-presidente de vendas da rede. "Abrir à meia-noite é mais para consumidores pessoa física."

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