A Acer, de Taiwan, indicou o executivo Jim Wong como seu novo
presidente, depois da renúncia abrupta de seu presidente-executivo
anterior, no mês passado, e atribuiu a ele a responsabilidade por
desenvolver novos aparelhos móveis que devem impulsionar o crescimento
futuro da companhia.
A empresa, segunda maior fabricante mundial de computadores, vem sendo
uma força nesse mercado, especialmente no segmento de netbooks de baixo
custo, mas não conseguiu combater o grande sucesso de tablets como o
iPad da Apple, que vem conquistando grandes vendas e reduzindo seus
lucros.
O ex-presidente executivo Gianfranco Lanci deixou a empresa em 31 de
março devido a divergências quanto à estratégia necessária para
enfrentar o desafio dos tablets, o que Wong pretende fazer por meio de
uma nova unidade de negócios cujo objetivo será conquistar avanços no
mercado móvel.
"A indicação de Jim Wong é positiva para a estabilidade executiva,
porque ele já ocupava posição importante na Acer, liderando o grupo de
produtos móveis", disse Vincent Chen, analista da Yuanta Securities, em
Taipei.
A empresa desenvolverá produtos para consumo de dados, computadores tablet e smartphones, informava o comunicado.
"Os aparelhos móveis e com tela de toques criaram muitas oportunidades
novas. Formam os novos negócios da Acer e representam o propulsor de seu
futuro crescimento", afirmou Wong em comunicado na terça-feira.
Em um sinal das dimensões do desafio, a Acer reduziu suas projeções de
embarque neste trimestre, com uma queda de 10% ante o primeiro
trimestre. No mês passado, ela havia previsto para o segundo trimestre
embarques iguais ao do primeiro.
A empresa mencionou sua recente reorganização, ajustes em seus estoques e
uma desaceleração sazonal no setor de computadores como motivos para a
redução, e não o avanço dos tablets, e acrescentou que sua margem de
lucro operacional no segundo trimestre continuaria semelhante à do
primeiro.
"A projeção de embarques é específica para a Acer, e não setorial",
disse Chen. "O motivo deve ser o estoque elevado, e a companhia pode ter
de tomar medidas como um corte de preços. Suas ações continuam sob
pressão."
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