Em prisão domiciliar em Londres, ele fez uma palestra por videoconferência. Nela, seu principal alvo foram dois dos jornais com os quais o Wikileaks fechou seus primeiros acordos para publicação dos telegramas diplomáticos confidenciais.
"Os grupos de mídia do Ocidente, 'The New York Times' [americano] e 'Guardian' [britânico], mas especialmente o 'Guardian', quebraram nossos acordos, retirando crimes dos telegramas que eram divulgados ao público", acusou Assange.
O ativista citou como exemplo um pacote de telegramas sobre a Bulgária publicado recentemente pelo diário inglês. "O 'Guardian' cortou dois terços dos documentos, escondeu da população búlgara informação sobre a corrupção do seu governo".
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Assange começou sua fala contestando os motivos de sua prisão em Londres. "Nunca fui acusado de nada, incluindo estupro. Estou há 267 dias detido sem ter sido acusado de nada", disse o ativista, que é acusado de agressão sexual na Suécia.
Nesse contexto, apontou para uma suposta falência das instituições: "As pessoas acreditam que existe estado de direito no Ocidente. O estado de direito está desmoronando. As estruturas básicas dos governos ocidentais estão caindo".
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