sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cada veículo tem que encontrar seu modelo on-line, diz Google

Na esteira do esforço de revistas e jornais para suas versões virtuais, cada veículo vai ter de encontrar uma fórmula própria para seu modelo de integração com o papel. A teoria foi apresentada nesta sexta-feira pelo diretor de alianças estratégicas do Google, Jim Berger, em conferência para jornalistas da América Latina.
"Não há uma resposta certa. Depende de veículo para veículo. O que se pode fazer? Experimentar e aprimorar", afirma. Para ele, no entanto, é preciso fazer com que as pessoas comecem a pensar que assinatura de conteúdo jornalístico não é só aquela que chega em casa.
Fatores que devem ser considerados na estratégia on-line compreendem geografia (se nacional ou regional), foco da cobertura (política, econômica) e perfil do leitor, segundo o diretor.
Ele cita os vários modelos de cobrança de conteúdo digital, que vão desde o pagamento individual por notícia até a assinatura que dá acesso a todo o material. Entre os mais comuns, aponta, está o "freemium", que dá acesso a parte do conteúdo e cobra por outra parte.
Este último ganhou mais projeção neste ano depois que o "New York Times" passou a cobrar assinaturas em sua página virtual, com uma cota disponível de graça.
Como exemplo de modelo próprio, ele cita um jornal regional dos EUA. Com um pop-up, a publicação convida o leitor a assinar o serviço depois de ler três artigos. O aviso se repete no nono artigo. No décimo segundo texto, acaba a gratuidade.
No debate sobre o tema, há mais perguntas que respostas. Berger só coloca como certo que a empresa deve oferecer seus produtos em vários canais. Os desafios, no entanto, vão desde equilibrar a quantidade de conteúdo grátis e pago para não perder tráfego até a administração dos acessos.
"Quanto mais único for o seu conteúdo, mais as pessoas estarão dispostas a pagar por ele", defende.
TABLETS
O diretor do Google acredita que os tablets oferecem uma grande oportunidade para o mercado editorial. Segundo ele, os aparelhos permitem uma disposição mais flexível de anúncios, o que ajuda a monetizar o produto.
"Tablets e smartphones estão provando que os consumidores estão dispostos a pagar por conteúdo em diferentes formatos. É uma tremenda oportunidade para os veículos que contam com o suporte financeiro dos anúncios", afirma.

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