segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Games miram público infantil neste Natal

Harry Potter, Mickey ou ainda Raving Rabbits: os produtores de videogames tentam seduzir os jovens jogadores com a chegada do Natal por meio de personagens marcantes e se apoiando, principalmente, nas novas tecnologias de movimento.
O Wii da Nitendo, com seu controle que permite copiar as ações do personagem na tela, inventou uma maneira inédita de jogar em 2006. No fim deste ano, a Sony com o Move e a Microsoft com o Kinect se embrenharam pelo mesmo caminho.

Beneficiários indiretos desta ferramenta, os pequenos podem agora se divertir com os consoles ultrapassando a barreira do joystick, como mostrou o salão Paris Games Week, organizado nesses últimos dias na capital francesa.
"Até hoje, eu jogava sozinho em casa porque meu filho não entendia o funcionamento dos jogos. Agora, a gente pode jogar juntos partidas de vôlei ou dançar", disse Rémi Gardon, 36, em frente ao quiosque de demonstração do Kinect, com seu filho Romain, 5.
Essa câmera para Xbox 360, que permite jogar apenas com o corpo sem precisar de outro acessório, vai ser lançada no dia 10 de novembro na Europa com inúmeros jogos para crianças, incluindo Kintectimals, que consiste em criar um animal virtual, e Harry Potter e as Relíquias da Morte - Primeira Parte, adaptação do filme homônimo.
Neste último, por exemplo, será preciso apenas mover o braço para lançar um feitiço.
"Essa tecnologia é pedagógica. Não é preciso explicar as funções dos botões do controle, basta colocar a pessoa em frente ao sensor de movimentos para ela virar o Harry Potter", destacou Pascal Le Roux, chefe de produto da editora Eletronic Arts.
O Move também têm um jogo de adestrar um animal, o EyePet, mas é sobretudo as produções para Wii que atraem os mais jovens nos corredores do salão.
Os doidos e fofinhos Raving Rabbits da Ubisoft estão também de volta em um novo episódio, onde eles viajarão no tempo. Já a Disney reviveu o Mickey em uma aventura inédita, onde ele vai lutar contra os inimigos usando tinta.
"É muito fácil jogar. Basta usar o controle como um pincel e as imagens são muito bonitas", entusiasmou-se Cyril, 7, sob o olhar de seus pais.
"Tentamos vigiar o que ele joga para evitar os games muito violentos", declarou sua mãe, Mathilde, elogiando as opções escolhidas para o evento.
Uma parte reservada para os jogos adultos esteve também em exposição na Paris Games Week. Os pequenos tentavam, sem sucesso, dar uma espiadinha em títulos como Call of Duty: Black Ops, da Activision.
"Podemos impedir alguém de jogar. Nós temos funcionários que estão lá para filtrar e pedir a identidade para evitar qualquer tipo de problema", explicou Guillaume Lairan, diretor de marketing da Activision.
"A norma Pegi indica a classificação de público para cada jogo. Em último caso, nós contamos com a responsabilidade dos pais para verificar o que seus filhos andam jogando", disse Georges Fornay, Diretor-executivo da Sony Computer Entertainment France e presidente do Sindicato de Desenvolvedores de Programas de Entretenimento que organiza a Paris Games Week.

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