Harry Potter, Mickey ou ainda Raving Rabbits: os produtores de
videogames tentam seduzir os jovens jogadores com a chegada do Natal por
meio de personagens marcantes e se apoiando, principalmente, nas novas
tecnologias de movimento.
O Wii da Nitendo, com seu controle que permite copiar as ações do
personagem na tela, inventou uma maneira inédita de jogar em 2006. No
fim deste ano, a Sony com o Move e a Microsoft com o Kinect se
embrenharam pelo mesmo caminho.
Beneficiários indiretos desta ferramenta, os pequenos podem agora se
divertir com os consoles ultrapassando a barreira do joystick, como
mostrou o salão Paris Games Week, organizado nesses últimos dias na
capital francesa.
"Até hoje, eu jogava sozinho em casa porque meu filho não entendia o
funcionamento dos jogos. Agora, a gente pode jogar juntos partidas de
vôlei ou dançar", disse Rémi Gardon, 36, em frente ao quiosque de
demonstração do Kinect, com seu filho Romain, 5.
Essa câmera para Xbox 360, que permite jogar apenas com o corpo sem
precisar de outro acessório, vai ser lançada no dia 10 de novembro na
Europa com inúmeros jogos para crianças, incluindo Kintectimals, que
consiste em criar um animal virtual, e Harry Potter e as Relíquias da
Morte - Primeira Parte, adaptação do filme homônimo.
Neste último, por exemplo, será preciso apenas mover o braço para lançar um feitiço.
"Essa tecnologia é pedagógica. Não é preciso explicar as funções dos
botões do controle, basta colocar a pessoa em frente ao sensor de
movimentos para ela virar o Harry Potter", destacou Pascal Le Roux,
chefe de produto da editora Eletronic Arts.
O Move também têm um jogo de adestrar um animal, o EyePet, mas é
sobretudo as produções para Wii que atraem os mais jovens nos corredores
do salão.
Os doidos e fofinhos Raving Rabbits da Ubisoft estão também de volta em
um novo episódio, onde eles viajarão no tempo. Já a Disney reviveu o
Mickey em uma aventura inédita, onde ele vai lutar contra os inimigos
usando tinta.
"É muito fácil jogar. Basta usar o controle como um pincel e as imagens
são muito bonitas", entusiasmou-se Cyril, 7, sob o olhar de seus pais.
"Tentamos vigiar o que ele joga para evitar os games muito violentos",
declarou sua mãe, Mathilde, elogiando as opções escolhidas para o
evento.
Uma parte reservada para os jogos adultos esteve também em exposição na
Paris Games Week. Os pequenos tentavam, sem sucesso, dar uma espiadinha
em títulos como Call of Duty: Black Ops, da Activision.
"Podemos impedir alguém de jogar. Nós temos funcionários que estão lá
para filtrar e pedir a identidade para evitar qualquer tipo de
problema", explicou Guillaume Lairan, diretor de marketing da
Activision.
"A norma Pegi indica a classificação de público para cada jogo. Em
último caso, nós contamos com a responsabilidade dos pais para verificar
o que seus filhos andam jogando", disse Georges Fornay,
Diretor-executivo da Sony Computer Entertainment France e presidente do
Sindicato de Desenvolvedores de Programas de Entretenimento que organiza
a Paris Games Week.
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