domingo, 4 de abril de 2010

Em peça, Cláudia Raia divide atenção com projeções volumétricas

A tecnologia está a serviço da dramaturgia no espetáculo "Pernas pro Ar" (www.pernasproar.com.br), protagonizado por Cláudia Raia, que interpreta uma dona de casa às voltas com seus devaneios. Ela interage com um tipo específico de imagem projetada, a projeção volumétrica, que dá a impressão de 3D.
"É muito louco. O que você vê em cena não é o que o público está vendo", diz a atriz, comentando a experiência de atuar com as projeções.

"Foi desenvolvido um esquema digital. Fizemos um trabalho junto com a cenografia para inserir imagens e vídeos relacionados com a peça", diz Alberto Colares, diretor da Coddart, empresa responsável pela parte tecnológica.
Colares conta que a projeção volumétrica foi usada para mapear o espaço dentro da caixa na qual o espetáculo é apresentado. "Foi preciso mapear tudo, inclusive objetos, de uma forma que as projeções pudessem ficar ajustadas à cena," diz o diretor. "Tentamos "ensinar" a máquina a perceber o que é o bailarino para que pudessem ser projetadas imagens neles e ao seu redor."
No palco, quem guia os projetores são sensores que podem ser acionados por meio de uma marcação no corpo, por som, por temperatura ou pela voz -o que também exigiu de Raia um treinamento especial.
A atriz explica as dificuldades de trazer a tecnologia aos palcos brasileiros: "Tudo é muito novo". A projeção é feita em alta definição, por isso seriam necessárias imagens em tais condições: "Tivemos que procurar as imagens em alta definição fora do país e foi um "perrengue" achar as certas."
O "Pernas pro Ar" acabou de deixar Minas Gerais e seguiu para Belém e Manaus neste mês.

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