terça-feira, 3 de julho de 2012

Sobe número de adolescentes que enviam fotos de si mesmos nus por celular ou e-mail

Quase 30% dos adolescentes enviam fotos de si mesmos nus pelo telefone celular ou por e-mail, mais do que se achava, segundo o primeiro estudo do impacto do chamado "sexting" sobre a saúde pública, informou nesta segunda-feira o Proceedings of the National Academy of Sciences.
O estudo foi feito pelo Departamento Médico da Universidade do Texas, em Galveston, e segundo seus autores dá indícios sobre o comportamento sexual, em geral, dos adolescentes e, em particular, avalia a participação dos jovens quanto a condutas sexuais perigosas.
Os pesquisadores entrevistaram quase 1 mil estudantes em sete escolas públicas do sudeste do Texas e constataram que 28% dos adolescentes enviaram fotografias de si mesmos nus por meios eletrônicos.
De acordo com a pesquisa, 57% desses jovens já receberam um pedido para que enviassem foto contendo nudez, e em 31% dos casos haviam sido eles os que pediram isso.
O artigo assinala que esses índices são mais altos do que os constatados por pesquisas anteriores sobre comportamento na internet.
"Aparentemente, o 'sexting' é a versão moderna do 'eu mostro o meu e você mostra o seu', mas o fato de que esse seja um comportamento que se tornou tão comum não perdoa sua ocorrência", assinalou o autor principal do estudo, Jeff Temple, professor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia.
"Pelo contrário, descobrimos que os adolescentes, em geral, ficam incomodados com os pedidos para que enviem fotos de si mesmos nus. De fato, esses pedidos incomodam quase todas as meninas e, entre os meninos, mais de 50% indicaram que esses pedidos os incomodam um pouco".
Os pesquisadores também avaliaram a ligação entre o "sexting" e as atividades sexuais, e descobriram que tanto os meninos quanto as meninas com esse comportamento são muito mais propensos a ter atividade sexual que seus pares que não praticam 'sexting'.
Além disso, as adolescentes que enviam fotografias de si mesmas nuas têm uma prevalência de comportamento sexual de risco mais alta que entre os meninos.

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