A Telefônica Brasil encerrou o segundo trimestre com queda ligeiramente maior que a esperada no lucro líquido, em meio a um recuo de dois dígitos nas receitas com telefonia fixa. A companhia, que vende serviços de telefonia fixa e celular, banda larga e TV por assinatura sob a marca Vivo, obteve lucro líquido de 1,085 bilhão de reais, queda de 5,6% sobre o mesmo período do ano passado.
O grupo registrou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) 1% maior no período, a 3,093 bilhões de reais, com margem praticamente estável, passando de 37,1 para 37,5%. Segundo a Telefônica Brasil, o desempenho do Ebitda sofreu impactos não recorrentes no segundo trimestre.
A empresa registrou ganhos com reversão de provisão (244 milhões de reais) e venda de ativos não estratégicos da operação móvel (181,6 milhões de reais), mas perdas com gastos de integração referentes à unificação da marca (64 milhões de reais) e com a redução nas tarifas de interconexão (VUM), que geraram impacto de 68,4 milhões de reais.
A receita líquida da telefonia fixa recuou 11,7 por cento no período, para 3,115 bilhões de reais, enquanto o faturamento com serviços celulares subiu 10,9 por cento, a 4,96 bilhões de reais. No total, a receita operacional líquida do grupo recuou 0,2 por cento na comparação anual, a 8,243 bilhões de reais, com custos operacionais caindo 0,9 por cento, para 5,150 bilhões.
No segmento móvel, a operadora registrou uma queda de 52,9% nas adições líquidas, para 936 mil no segundo trimestre, confirmando expectativas do mercado de desaceleração da telefonia celular em um momento de pressão sobre as empresas do setor marcada por aumento da competição, queda de tarifas de interconexão e condições econômicas mais fracas do país. Com isso, a participação de mercado em adições da operadora recuou 11,4% percentuais no período, a 17,6 %.
Enquanto isso, a Telefônica apurou uma queda de 7% na receita média por usuário (Arpu) da telefonia celular, para 21,9 reais, no segundo trimestre. A empresa afirmou que a queda no Arpu deveu-se a uma "maior quantidade de clientes pré-pagos e dos planos controle em relação ao mesmo período do ano anterior e do efeito da redução da VUM".
A empresa encerrou o segundo trimestre com uma base de 3,717 milhões de clientes de banda larga fixa, expansão de 7,1 por cento sobre o mesmo período de 2011. Em TV por assinatura, a base de acessos caiu 4,6 por cento, a 650 mil, refletindo "redução da atividade comercial desse serviço, prevista até o lançamento da nova plataforma de TV no segundo semestre deste ano".
A Telefônica Brasil encerrou o trimestre passado com dívida líquida de 3,174 bilhões de reais, caindo ante os 3,214 bilhões registrados no mesmo período de 2011. No final desta terça-feira, 24, a empresa divulgou que seu conselho autorizou emissão de até 2 bilhões de reais em debêntures, com prazo máximo de até sete anos.
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