O FBI abriu uma investigação criminal sobre a venda pela ZTE de produtos de informática proibidos pelos Estados Unidos ao Irã, segundo a Reuters. Ainda nesta sexta-feira (13/07), a fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicação alertou que o lucro do primeiro semestre pode cair até 80%.
A investigação federal acontece após denuncia da Reuters de que a companhia tinha vendido às maiores companhias de telecomunicação do Irã, um poderoso sistema de monitoramento, capaz de espiar telefones fixos e celulares e a internet.
Em março foi noticiado que a "lista de compras" da ZTE de um contrato de US$ 120 milhões, com data de 24 de julho de 2011, incluía produtos de hardware esoftware de várias grandes companhias de tecnologia dos EUA, entre elas Microsoft, HP, Oracle, Cisco e Dell. As vendas de equipamentos são proibidas por causa da sanção dos EUA ao Irã.
Agora, o FBI também está investigando a ZTE por supostas tentativas de esconder a venda e obstruir uma investigação do Departamento do Comércio norte-americano. Alguns trechos de um documento do FBI baseado em uma conversa com Ashley Kyle Yablon, conselheiro geral da subsidiária da ZTE no Texas, foram divulgados.
De acordo com o documento, Yablon declarou a dois agentes do FBI que empregados da ZTE tinham considerado destruir documentos, alterar a lista de compras e negar que estavam tentando atrapalhar a investigação do Departamento do Comércio sobre as vendas da companhia ao Irã.
O porta-voz da ZTE, David Shu, disse que a fabricante não iria comentar o assunto de imediato. Yablon não estava disponível. E uma porta-voz do FBIem Dallas e um representante do Departamento de Justiça em Washington se negaram a comentar o assunto.
Após a reportagem da Reuters em março, a ZTE afirmou que cortaria os negócios com o Irã.
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