A Comissão Europeia abriu uma investigação para determinar se a Apple e cinco editoras internacionais criaram um cartel no mercado de livros eletrônicos no EEU (Espaço Econômico Europeu, região que inclui, além da Uinão Europeia, países como a Islândia e a Noruega).
As companhias investigadas são a francesa Hachette Livre, as norte-americanas Harper Collins e Simon & Schuster, a britânica Penguin e a alemã Verlagsgruppe Georg von Holzbrinck.
A Comissão disse, por meio de nota, que vai tratar o caso como prioridade e investigar se esses grupos e Apple estão envolvidos com acordos ilegais, carteis ou práticas monopolistas que podem ter restringido a concorrência no setor.
A CE decidiu abrir a investigação depois de buscas nas companhias em março deste ano. Reguladores dos EUA e da Europa também estão analisando os negócios entre editoras e varejistas do setor.
A duração da investigação dependerá de vários fatores, como complexidade de cada caso e grau de cooperação das empresas envolvidas e tipo de defesa apresentada.
MEDO DO KINDLE
Uma matéria publicada pelo blog Ars Technica há três meses aponta um dos motivos para a formação do suposto cartel: o medo da concorrência do leitor de livros eletrônicos Kindle, da Amazon, e seus e-books com desconto.
Dada vantagem da Amazon --a empresa é pioneira no setor e tem uma crescente base de usuários-- os editores sabiam que nenhuma companhia sozinha podiam forçá-la a aumentar os preços de e-books. O risco é de perder uma grande quantidade de dinheiro e volume de vendas.
Ainda segundo o blog, há evidências que o esquema da Apple tenha sido bem sucedido, fazendo best-sellers da Amazon subir para US$ 12 ou US$ 15 por e-book, um aumento de até 50 por cento do preço.
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