Com o registro da Apple TV feito na última semana na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Apple se prepara para entrar no mercado brasileiro de centrais multimídia ligadas à TV.
Em sua segunda geração, o aparelho nunca foi vendido de forma oficial no país. E a principal razão para a ausência é a falta de conteúdo no Brasil: sem vendas e aluguel de seriados e filmes pela iTunes Store, o aparelho perde seu sentido.
O modelo mais recente da Apple TV, lançado no ano passado |
Segundo a Folha apurou, a Apple negocia com gravadoras a criação da iTunes Store nacional para breve, talvez ainda neste ano. Mas não há informações sobre parcerias com estúdios cinematográficos para disponibilização de conteúdo em vídeo.
Apesar do registro da Anatel e de já estar pronto o manual em português, a Apple não confirma oficialmente se e quando venderá o produto no país.
Aqui, brasileiros que usam uma Apple TV importada dependem de contas criadas no exterior e cartões pré-pagos para consumir conteúdo.
A Apple TV também conversa com aparelhos com iOS -iPhones, iPads e iPods touch. Isso significa que é possível exibir um vídeo aberto no iPad direto no televisor por meio da conexão sem fio entre os dois aparelhos.
OS CONCORRENTES
A Apple TV encontrará no Brasil concorrentes semelhantes aos dos EUA: a Boxee Box, da D-Link, e o WDTV Live Plus, da Western Digital, são exemplos (veja acima).
Tais aparelhos também exibem conteúdo de serviços armazenados na nuvem, como Netflix e Netmovies, mas permitem que o usuário utilize seu próprio conteúdo.
Isso porque uma parcela dos usuários nacionais ainda mantém grande parte de seu acervo de mídia em discos rígidos -e o conteúdo vem frequentemente de fontes ilegais, como torrents.
Assim, os concorrentes da Apple TV oferecem as opções de conexão de HDs externos e configuração de rede para acesso sem dificuldade a todo tipo de conteúdo.
O FreeAgent GoFlex TV, da Seagate, por exemplo, oferece espaço para adição de um HD externo diretamente em sua estrutura.
Outra diferença sensível é que as outras centrais multimídia deixam o usuário usufruir de praticamente todos os formatos de áudio e vídeo disponíveis no mercado.
A Apple limita o uso de seu aparelho, confiando exclusivamente na compra e no aluguel de filmes e seriados de sua loja virtual.
O desafio da empresa será convencer o usuário de que vale a pena pagar por esse conteúdo digital.
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