São Paulo é, segundo o último ranking da PricewaterHouseCoopers, o décimo centro urbano com maior agitação cultural do mundo.
Tantos restaurantes, bares, museus, galerias, lojas, hotéis e suas localizações no mapa da cidade consomem centenas de páginas em guias de turismo. Ou 3,2 Mbytes de memória em um aplicativo.
Aplicativo SP Mobile é executado em um iPad, na av. Paulista, em frente ao prédio do Masp |
"Não conseguíamos ser democráticos em guias impressos. A cidade é muito grande e alguns estabelecimentos tinham que ser cortados. Também era difícil encontrar espaço para indicar os locais em mapas", diz René Perol, assistente técnico da SPTuris e coordenador do projeto.
Esse guia urbano eletrônico, uma boa iniciativa, estreia com milhares de indicações de hospedagem, alimentação, lazer e serviços --e também com alguns problemas.
Primeiro, o programa não funciona off-line --para identificar a localização do usuário, o SP Mobile só abre se o aparelho estiver conectado à internet (por Wi-Fi ou 3G).
Uma vez aberto, o app tem navegação amigável: a página inicial traz ícones para 15 categorias, incluindo "atrativos turísticos", "hospedagem", "comes e bebes", "serviços 24 horas" e "roteiros temáticos". E o mecanismo de busca funciona bem.
DE SP A MANÁGUA
Mas o sistema de localização, ligado ao Google Maps, apresenta falhas: no roteiro de futebol, por exemplo, o estádio do Pacaembu aparece corretamente a 2 km do centro de São Paulo, mas o Museu do Futebol, que fica no mesmo endereço, aparece a 10 km da região central.
Pior, certos pontos aparecem na listagem a mais de 5.600 km do centro, quase a distância para ir de São Paulo a Manágua, na Nicarágua.
A prefeitura confirma o problema com os mapas:
"Algumas coisas não ficaram 100%. A geolocalização apresentou alguns erros --já identificamos a falha na comunicação com o sistema do Google e vamos consertar. Além disso estamos fazendo outras melhorias, como ordenação por ordem alfabética e por região", explica Perol.
A parte de entretenimento do app também tem problemas: a categoria lista cinemas e casas noturnas, mas não apresenta a programação nem os horários de funcionamento -para descobrir, o usuário precisa ligar para o local ou entrar em seu site.
Por fim, o app é monoglota --só está disponível em português. Mas, segundo a prefeitura, esse é um problema temporário: versões em espanhol e inglês estão prometidas para janeiro.
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