Os alemães têm cada vez mais medo de se tornar alvo de criminosos na internet, e 85% deles dizem temer que os dados de seus cartões de crédito sejam roubados ou que alguém ganhe acesso às suas contas bancárias on-line.
De acordo com uma pesquisa da associação da indústria tecnológica alemã, a Bitkom, publicada nesta quinta-feira, a porcentagem de internautas com idade superior a 14 anos que teme este tipo de ataque subiu para 85% este ano, ante 75% em 2010.
Dados confirmam que o problema vem crescendo, o que levou a polícia federal alemã (BKA) a alertar os internautas de que os criminosos se mostram extremamente inovadores e são capazes de se adaptar rapidamente às mudanças em medidas de segurança.
Parte do problema é que 20% dos usuários ainda não utilizam qualquer medida de proteção, segundo a Bitkom.
Agências policiais de todo o mundo estão se esforçando para combater o crime cibernético, mas a cada semana parece haver um novo ataque --como ativistas promovendo uma causa ou algumas violações de segurança mais sérias, entre as quais roubos de dados da Sony, do Citigroup e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os diversos tipos de chantagem digital, por exemplo, têm ganhado força, e há pessoas que se veem forçadas a pagar alguma forma de resgate para que dados pessoais roubados não sejam vendidos pela internet, enquanto empresas sofrem extorsão para evitar ataques às suas redes de computação.
"Os criminosos cibernéticos dependem cada vez mais da engenharia social. Tentam ganhar acesso a informações sensíveis ao colocar funcionários sob pressão ou ao explorar sua disposição de ajudar", afirmou Joerg Ziercke, diretor da BKA, em comunicado.
No ano passado, o número de crimes cibernéticos cresceu 19% na Alemanha, e os prejuízos causados por eles aumentaram dois terços, para € 61,5 milhões (US$ 87,5 milhões), de acordo com dados da polícia federal alemã.
A prática do chamado "phishing" (roubo de dados) contra contas bancárias on-line quase dobrou, com o prejuízo médio por caso subindo para cerca de quatro mil euros.
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