Autoridades de Kunming (China) ordenaram o fechamento de duas falsas lojas da Apple na cidade -- não devido a questões de pirataria ou direitos de propriedade intelectual, mas sim porque as lojas localizadas nessa localidade do sudoeste do país não tinham alvará de funcionamento.
Cinco "Apple Stores" extraoficiais estavam vendendo produtos da Apple sem autorização da empresa norte-americana, mas apenas duas foram ordenadas a fechar as portas, informaram as autoridades.
A investigação sobre as lojas aparentemente foi deflagrada pela atenção da mídia a uma falsa loja da Apple descoberta por um blogueiro norte-americano. A ordem das autoridades de Kunming não se refere a essa loja, que solicitou à Apple uma licença para trabalhar como sua revendedora, informou um representante do governo local.
"A mídia não deveria compreender a situação erroneamente e tirar conclusões apressadas. Alguns veículos estrangeiros de mídia fizeram parecer que as lojas vendiam falsos produtos da Apple", disse Chang Puyun, porta-voz do departamento empresarial da prefeitura de Kunming.
"A China vem tomando medidas rigorosas para defender os direitos de propriedade intelectual, e as lojas não estavam vendendo produtos falsos", disse.
As autoridades estão investigando para determinar se a Apple solicitou proteção legal do governo chinês para o design e o layout de suas lojas, acrescentou Chang.
Inspeções em cerca de 300 lojas de Kunming foram realizadas depois do post de um blogueiro norte-americano que vive na cidade ter exposto a existência de uma cópia quase impecável de uma Apple Store, cujos funcionários acreditavam estar trabalhando para a fabricante do iPhone e do iPad.
Além de proteger marcas registradas, a lei chinesa proíbe que companhias copiem a aparência e o estilo das lojas de outras empresas, mas a fiscalização da norma não é muito rigorosa.
Os Estados Unidos e outros países ocidentais se queixam com frequência do atraso dos chineses quanto ao combate ao roubo de propriedade intelectual.
Em maio, a China, pelo sétimo ano consecutivo, fez parte da lista do departamento do governo norte-americano para assuntos comerciais como um dos países com piores históricos na prevenção a roubo de propriedade intelectual.
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