Especialistas em cibersegurança do governo dos Estados Unidos estão alertando de que o vírus Stuxnet pode se tornar mais ameaçador, um ano depois de ter surgido em um ataque cujo suposto alvo era o programa nuclear iraniano.
O departamento de Segurança Interna norte-americano dedicou o último ano a estudar o sofisticado vírus, o primeiro de seu tipo destinado a atacar sistemas de computação que controlam processos industriais, disseram dois funcionários do departamento em depoimento preparado para uma audiência no Congresso.
O Stuxnet tinha por alvo sistemas de controle industrial vendidos pela Siemens, usados amplamente em todo o mundo para a administração de diversos tipos de instalações, de usinas nucleares e de indústrias químicas a sistemas de distribuição de água e fábricas de produtos farmacêuticos.
"O código tem a capacidade de entrar em um sistema automaticamente, roubar a fórmula do produto que está em produção, alterar os insumos sendo misturados e indicar ao operador e ao software antivírus que tudo está funcionando normalmente", afirmaram os funcionários.
Roberta Stempfley, secretária-assistente interina no serviço de segurança da comunicação e computação, e Sean McGurk, diretor do National Cybersecurity and Communications Integration Center, depuseram perante um subcomitê da Câmara dos Deputados na terça-feira.
Embora companhias de segurança na computação tenham desenvolvido proteções contra o Stuxnet, o departamento teme que hackers criem versões híbridas do vírus, capazes de evitar detecção.
"Os agressores virtuais poderiam usar as informações cada vez mais públicas disponíveis sobre o código para desenvolver variantes destinadas a atacar instalações maiores de equipamento programável", eles afirmaram no depoimento por escrito.
Alguns especialistas em segurança dizem acreditar que os EUA e Israel tenham criado o Stuxnet para atacar o programa nuclear iraniano.
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