Depois de um breve hiato e da prisão de vários supostos "ciberativistas", dois grupos de hackers que reivindicaram a autoria de uma recente onda de vandalismo digital afirmaram estar de volta.
Uma nota foi divulgada conjuntamente na quinta-feira na internet pelos grupos Anonymous e LulzSec, depois de autoridades dos EUA terem prendido nesta semana 16 pessoas suspeitas de envolvimentos com ataques --principalmente com a ação do Anonymous para tentar bloquear o site PayPal, do eBay, em retaliação à decisão da empresa de parar de receber doações para a organização WikiLeaks.
As prisões deram uma noção sobre as vidas dos supostos ciberativistas, hackers que agem sob motivação política ou para contestar a autoridade, em vez de roubarem dados de cartões de crédito e cometerem espionagem.
Alguns parecem não ter empregos ligados a tecnologias sofisticadas. O grupo incluía um ex-zelador, um capataz de jardinagem e um universitário, com idades de 20 a 42 anos.
"Não temos mais medo. Suas ameaças de nos prender não significam nada para nós, já que vocês não podem prender uma ideia", disseram os grupos na declaração, cuja origem não pôde ser confirmada de forma independente. Anteriormente, o LulzSec havia insinuado que ia se dissolver.
Os grupos disseram que a declaração foi uma reação a comentários feitos por Steven Chabinsky, da divisão cibernética do FBI, que afirmou à Rádio Pública Nacional dos EUA que era "inteiramente inaceitável violar sites e cometer atos ilegais".
Os grupos prometeram manter seus ataques aos governos e os acusaram de mentir para os cidadãos e de gerar medo e terror por "desmantelar sua liberdade peça por peça".
Eles também disseram que pretendem agir contra empresas que colaboram com governos e que recebem bilhões de dólares em contratos, sem cumprir sua parte.
"Esses governos e corporações são nossos inimigos. Vamos continuar a lutar contra eles, com todos os métodos à nossa disposição, e isso certamente inclui invadir seus sites e expor suas mentiras", disse a nota.
O FBI não quis comentar.
O Anonymous e o LulzSec já assumiram a responsabilidade por ataques cibernéticos por razões políticas contra sites na Síria, Tunísia, Egito e Índia, além de sites públicos da CIA e do Senado dos EUA.
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