O presidente-executivo da Sony, Howard Stringer, está enfrentando
severas críticas à sua liderança depois que o conglomerado revelou que
hackers podem ter roubado dados de mais 25 milhões de contas, em uma
segunda e imensa violação de segurança.
A nova revelação da Sony surgiu um dia depois que ela anunciou medidas
para evitar um novo ataque de hackers como o que atingiu a PlayStation
Network duas semanas atrás.
O grupo japonês informou que sua rede de videogames Sony Online
Entertainment PC havia sofrido ataque de hackers em 18 de abril, mas que
a violação só foi descoberta na manhã de segunda-feira (2 de maio); a
rede foi desativada algumas horas mais tarde.
A violação pode ter levado ao roubo de 10,7 mil registros de débito
direto de clientes na Alemanha, na Áustria, na Espanha e na Holanda, e
de 12,7 mil números de cartões de crédito e débito fora dos Estados
Unidos, informou a empresa.
Os investidores consideram que a Sony e Stringer, 69 anos, tenham agido
incorretamente durante a crise de segurança de dados, um novo golpe para
a empresa que vem encontrando dificuldades para acompanhar os produtos
de sucesso lançados por rivais como Nintendo, Samsung e Apple.
"A maneira pela qual a Sony conduziu todo esse assunto serve para
demonstrar que lhe falta capacidade de gestão de crises", disse Michael
On, administrador de fundos na Beyond Asset Management, em Taipei, que
não detém ações da Sony. "O atual presidente-executivo deveria renunciar
depois dos problemas com ataques de hackers e dada a sua incapacidade
de lançar produtos competitivos."
O galês Stringer, antigo produtor de TV que recebeu um título honorífico
britânico em 2000, não comentou sobre a violação de segurança,
atribuindo ao seu segundo em comando, Kazuo Hirai, a função de se
desculpar, em uma entrevista coletiva realizada no domingo.
Hirai era o responsável pela divisão de redes e considerado como
provável sucessor de Stringer, que em março se comprometeu a ficar no
posto pelo menos até o final deste ano.
Hirai pode não escapar incólume ao fiasco, disse outro administrador de
fundos, que detinha ações da Sony no ano passado e não está autorizado a
se pronunciar publicamente sobre a empresa.
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