A Índia rejeitou, nesta segunda-feira, a oferta da fabricante de
celulares Research In Motion (RIM) de dar ao governo acesso apenas
parcial aos seus serviços de dados dos aparelhos BlackBerry. Já o
vizinho Paquistão voltou atrás de sua decisão de restringir os serviços
dos smartphones.
Não ficou imediatamente claro o que o governo indiano, que afirma estar
agindo por preocupações de segurança, vai fazer após a decisão da RIM. A
fabricante canadense decidiu não cumprir as demandas governamentais de
permitir o monitoramento de e-mails corporativos até a data de 31 de
janeiro. A RIM havia afirmado anteriormente acreditar que não seria
banida da Índia.
No começo deste mês, a RIM afirmou ter dado à Índia meios para acessar
seu serviço de mensagens instantâneas antes da data estabelecida pelo
governo, mas reiterou que não daria às autoridades acesso aos e-mails
corporativos protegidos.
O Ministro do Interior, Palaniappan Chidambaram, disse em uma coletiva
de imprensa que o governo ainda desejava ter acesso aos e-mails.
No ano passado, a Índia pediu acesso a todos os serviços do BlackBerry
como parte de seus esforços para combater milícias e ameaças por meio da
Internet ou telefone. As mesmas demandas se repetiram em outros países
que também tentaram, às vezes com sucesso, restringir as funções do
popular smartphone.
Nesta segunda-feira pela manhã, o Paquistão advertiu as operadoras de
telefonia para que não dessem acesso aos serviços de BlackBerry a
missões estrangeiras, alegando ter preocupações com a segurança dos
meios de comunicação, disseram fontes do setor.
Mas a instrução foi revertida mais tarde. O Paquistão permitiu que as
operadoras continuem oferecendo os serviços para missões estrangeiras,
disse uma fonte do setor que não quis ser identificada à Reuters.
O porta-voz da Pakistan Telecommunication Authority (Autoridade em
Telecomunicações do Paquistão), Khurram Ali Mehran, confirmou que os
serviços continuaram normalmente.
Não ficou imediatamente claro o porquê da retratação do Paquistão.
No ano passado, a RIM escapou por pouco de ser banida da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.
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