O Google quer levar o mundo das grandes galerias mundiais de arte aos
lares, com um novo site que oferece visitas virtuais usando a tecnologia
do serviço Street View aliada à capacidade de construir coleções
privadas e imagem de altíssima resolução.
Embora a maioria das grandes galerias há anos venha promovendo a
divulgação on-line de seus acervos, especialistas disseram na cerimônia
de lançamento realizada terça-feira na galeria Tate Britain, de Londres,
que o site do Google buscaria levar a experiência da arte online a um
novo patamar.
"O serviço pode mudar o jogo", disse Julian Raby, da Freer Gallery of
Art, parte da Smithsonian Institution, em Washington, uma das 17
galerias participantes.
Nelson Mattos, vice-presidente de engenharia do Google, disse que o site do Art Project
permitiria que crianças da América Latina, Índia e África, que teriam
pouca chance de ver os originais, tivessem experiência próxima à real,
por meio da Internet.
"Isso na verdade representa um grande passo adiante na maneira pela qual
as pessoas interagirão com esses belos tesouros da arte de todo o
mundo", disse, acrescentando que o Google planejava expandir o site ao
longo dos anos.
Mattos e os curadores de arte presentes no lançamento disseram estar
confiantes em que, não importa o quanto a tecnologia avance, o novo site
jamais substituirá as visitas a museus.
"Obviamente não acreditamos que essa tecnologia levará as pessoas a não
virem a museus", acrescentou. "Esperamos que o oposto venha a ocorrer."
Raby acredita que o Art Project venha a oferecer uma nova variedade de experiência no que tange a observar arte on-line.
"Os museus até o momento eram obcecados com informação, e o que o Google
Art Project permite é a criação de uma experiência emocional", disse.
"Não vejo a ideia como alternativa a visitar um museu, e sim como
estímulo para que as pessoas venham e vejam as obras ao vivo",
acrescentou.
Entre as galerias participantes estão a Uffizzi, em Florença; o Palácio
de Versalhes, na França; o Museu Kampa, em Praga; o Museu Van Gogh, em
Amsterdã; e o Museu Estatal Hermitage, em São Petersburgo, Rússia.
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