A Polícia Civil prendeu, após quatro meses de investigação, na noite de
quarta-feira (14) e na manhã desta quinta-feira quatro homens suspeitos
de integrarem um grupo de divulgação de pedofilia na internet. As
prisões foram feitas em São Paulo e em São Vicente (litoral de SP).
Segundo a polícia, três dos envolvidos se passavam por mães de crianças
para atrair a atenção de crianças até dez anos. "Para eles, com dez anos
a criança é velha", disse, por meio de nota, a delegada Catarina Buque,
que comandou a investigação pela Delegacia de Repressão a Delitos
Cometidos por Meios Eletrônicos do Deic (Departamento de Investigações
sobre Crime Organizado),
A partir da troca de arquivos de filmes e fotos, além de textos, a
polícia contabilizou 30 usuários trocando informações. Os suspeitos
produziam textos onde descreviam rituais que deveriam ser praticados com
as crianças e combinavam festas. Com base nesse levantamento, a Justiça
expediu seis mandados de busca e apreensão realizados em bairros da
zonas leste e sul e centro de São Vicente.
A operação da polícia teve início ontem em uma lan house na rua Frei
Caneca, na Bela Vista (região central de SP), onde foi preso um garoto
de programa de 29 anos. Segundo a polícia, ele foi flagrado acessando
pornografia infantil, admitiu a prática e revelou o esquema do grupo.
Na lan house, o preso se passava por mulher para atrair homens com o
pseudônimo Sonho de Mãe. "Ele afirmou ter orientação homossexual.
Oferecia a suposta filha para poder ver homens nus pela webcam", afirmou
a delegada.
Um técnico de informática de 31 anos, apontado pela polícia como líder
do grupo, foi preso em sua casa em São Vicente. No local, a polícia diz
ter encontrado milhares de fotos e vídeos de pornografia infantil no
computador do suspeito. Ele já tem passagem pela polícia por crime de
pedofilia.
Um outro técnico de informática de 34 anos usava o pseudônimo de Ângela.
Ele foi preso no Parque São Lucas, zona leste de São Paulo. Segundo a
polícia, ele trocava fotos e textos que aprovavam o crime que seria
praticado em sua suposta filha.
O quarto homem envolvido, um conferente de 49 anos, usava o apelido de
Crislaine. Ele foi preso no bairro de Pedreira, zona sul de São Paulo.
Segundo a delegada, nas imagens também aparecem bebês. Ela atuou o grupo
por pornografia infantil e formação de quadrilha. Outras 30 pessoas
continuam sendo investigadas.
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