iPad chega hoje aos consumidores, com empolgação e limitações

O esperado iPad, o computador tablet da Apple, começa a chegar neste sábado (3) aos consumidores nos EUA. Empolgação dos fãs não falta: filas já se formavam desde o dia anterior nas lojas do país.

Os desenvolvedores de aplicativos não quiseram ficar de fora. Centenas destes softwares já foram aprovados pela Apple e estão disponíveis na loja virtual do iPad. A Apple também promete fácil adaptação também dos 150.000 já existentes para iPhone ou iPod. Até o serviço de e-mail Gmail ganhou uma versão otimizada para o iPad, anunciou o Google em seu blog sobre celulares nesta sexta-feira (2).
Grupos de mídia, como dos jornais "New York Times", e "Wall Street Journal", buscaram garantir parcerias com a Apple, pois apostam que enviar conteúdo por essa plataforma vai dar retorno.
Apesar da empolgação com o produto que seria a grande aposta da Apple desde o celular iPhone, em 2007, analistas alertaram que o tablet não seria a "salvação" dos grupos de mídia.
Limitações
Algumas das limitações são que o iPad não tem câmera, entrada USB, não roda páginas em flash e é grande demais para um bolso.
Também é pesado, se comparado com o leitor eletrônico Kindle, da Amazon; e caro, se comparado com a capacidade de um notebook, como opinam até colunistas dos próprios jornais "NYT" e "WSJ", que têm parceria com a Apple.
Inicialmente, a empresa disponibiliza o iPad com conexão Wi-Fi, sob custo de US$ 499 (R$ 888) a US$ 699 (R$ 1244), em versões de 16 Gbytes, 32 Gbytes e 64 Gbytes. A versão 3G será vendida no final de abril nos EUA. Os dois modelos serão encontrados na Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Espanha, Suíça e Reino Unido no final de abril, sem data ainda prevista para o Brasil.
A tela tem 9,7 polegadas de dimensão, sua espessura é de 1,2 centímetro, pesa 680 gramas e sua bateria é de 10h.
Desde o fim de agosto de 2009, o mercado se agitou com rumores sobre o lançamento do produto pela empresa.
Mas, logo após o lançamento oficial do iPad, no fim de janeiro, em que foram reveladas suas reais configurações, uma pesquisa com 1.000 consumidores mostrou que o interesse por comprar o produto caiu pela metade.
Além disso, enquete da Folha Online com mais de 13.500 votos constatou que 67% dos leitores não acreditam em um sucesso do iPad comparável ao do tocador de música iPod, lançado em 2001.