A Adobe vai deixar de lado a continuidade dos seus planos para levar o Flash para o iPhone e o iPad, ambos fabricados pela Apple.
De acordo com o site da revista "Wired", a Adobe afirmou na noite de terça-feira (20) que abandonou o investimento em uma ferramenta de software que permitiria aos desenvolvedores a aplicar o Flash nos aparelhos da Apple.
"O principal objetivo do Flash sempre foi habilitar a plataforma e desenvolvimento para múltiplos navegadores. Isto é exatamente o oposto do que a Apple quer. Eles querem amarrar os desenvolvedores sob a sua plataforma, e restringir suas opções para tornar difícil para os desenvolvedores mirarem outras plataformas", escreveu o gerente de produtos da Adobe, Mike Chambers.
Ainda de acordo com a revista, a Adobe está reagindo a uma nova regra na convenção do colaborador do iPhone, que prevê que aplicativos para iPhone e iPad devem ser codificados com linguagens de programação aprovadas pela Apple, como o C + + ou C.
Se aplicadas, as regras baniriam efetivamente qualquer aplicativo codificado com Adobe Packager para o iPhone --ferramenta que permite a conversão do Flash para o iPhone, e que foi lançada na semana passada, junto à nova versão do Photoshop.
Em fevereiro, Steve Jobs, executivo-chefe da Apple, disse que a Adobe era "preguiçosa" porque "tem todo o potencial para fazer coisas interessantes, e se recusa a fazer isso".
A tecnologia Flash é problemática para a Apple, segundo Jobs, porque trava o computador Macintosh. Jobs disse ainda que a Apple não a apoia porque é falha. E fez a previsão de que "ninguém mais vai usar Flash" e que "o mundo está se direcionando para o HTML5".
A Adobe rebateu as críticas. O executivo-chefe de tecnologia da Adobe, Kevin Lynch, afirmou que a tecnologia Flash é usada, atualmente, em mais de 85% dos melhores sites --incluindo Nike, Hulu, BBC e a liga profissional de beisebol dos EUA --, e que ela está presente em boa parte do mercado de smartphones.
De acordo com o site da revista "PC World", o executivo declarou ainda achar improvável que o HTML5 suplante a tecnologia Flash no futuro.
"Se o HTML pode, com certeza, fazer tudo que o Flash [faz], certamente nos salvaria de muitos esforços". Mas Lynch afirmou que o Flash ainda está permitindo [executar] mais de 75% dos vídeos da internet.
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