A França pode começar a taxar as receitas em anúncio na internet de gigantes on-line como o Google, usando os fundos para apoiar a indústria criativa que foi atingida pela revolução digital.
A proposta, encaminhada por uma pesquisa comissionada pelo governo, é o mais novo desafio da França ao conteúdo de livre acesso na internet. O país havia causado controvérsia anteriormente com algumas leis sobre pirataria on-line.
O tributo, que seria aplicado a outras operadoras como o Yahoo! e MSN, colocaria um fim ao "enriquecimento sem qualquer limite ou compensação", afirmou Guillaume Cerutti, um dos autores do relatório, segundo o jornal "Liberatión".
Ele seria aplicado mesmo se o operador tiver sua base de operações fora da França, desde que os usuários que clicam nos anúncios estejam.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, tentou repetidamente apresentar a si mesmo como um defensor da herança cultural francesa na era digital, recentemente pedindo projetos públicos para se oporem aos planos de Google de uma grande biblioteca on-line.
Os críticos apontam que a questão de compensação aos autores é complexa, dado que muitas das canções, filmes e textos disponibilizados on-line hoje em dia são criados gratuitamente por amadores fora de um establishment cultural.
Cerutti, presidente da Sotheby na França, contribuiu com o relatório juntamente como Jacques Toubon, um ex-ministro, e Patrick Zelnik, ex-executivo musical.
Os autores sugerem ainda que a taxação dos provedores de serviço de internet levante dezenas de milhões de euros que possam ser investidos no desenvolvimento do negócio de música on-line e outros setores criativos.
Nos últimos meses, as operadoras e os usuários têm enfrentado cada vez mais pressão por conteúdo on-line abrangendo desde jornais e livros a filmes. Sob a nova lei de internet francesa, usuários reincidentes de downloads ilegais serão desconectados e multados.
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