segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Empresa aposta em futuros projetores "obrigatórios" para celulares

Os grandes televisores de tela plana foram uma das maiores atrações da feira Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, mas empresas como a Microvision estão apostando em imagens exibidas em escala muito menor, por aparelhos pequenos como um celular.
Embora os produtos comerciais equipados com os chamados picoprojetores sejam ainda raros, a Microvision e rivais como a Texas Instrumentos e a 3M fizeram promessas ambiciosas sobre a tecnologia na feira de eletrônica encerrada neste domingo (10), em Las Vegas.


A Microvision mostrou um projetor autônomo do tamanho de um sabonete grande, e projetou imagens límpidas usando tecnologia a laser. Sua grande esperança é que a tecnologia desenvolvida pela empresa seja incorporada a bens eletrônicos de consumo como câmeras e celulares.
"Minha sensação é que, em última análise, os celulares representam a maior oportunidade", disse Matt Nichols, diretor de comunicação da Microvision, acrescentando que sua empresa estava conversando com dezenas de potenciais clientes, entre os quais fabricantes de celulares.
Componente obrigatório
Nichols considera que os primeiros protótipos de aparelhos com picoprojetores da Microvision incorporados devem chegar ao mercado ainda neste ano, e espera que produtos comerciais estejam disponíveis a partir do ano que vem.
Depois disso, ele espera uma explosão do mercado, da mesma maneira que câmeras se tornaram componente obrigatório dos celulares.
"Acreditamos, em uma previsão para prazo de cinco anos, que todos os celulares terão projetores", disse Nichols à Reuters.
À venda
A Texas Instruments, grande fornecedora de chips para aplicativos em celulares, já incorporou seus picoprojetores a diversos aparelhos que estão à venda, entre os quais dois miniprojetores autônomos e dois celulares da Samsung Electronics, o último dos quais demonstrado na CES.
"Todo mundo está completamente entusiasmado" com os picoprojetores, disse Frank Monzio, gerente da divisão de picoprojetores da Texas Instruments. "Não sei como isso se traduzirá em termos de volume. Nossas esperanças são de que seja elevado."
Uma vez que os celulares já contam com muitos recursos, tais como telas sensíveis a toques, câmeras e players de música e vídeo, alguns analistas não veem espaço para acrescentar componentes.
Mas Jonathan Yarmis, da Ovum, diz que a tecnologia de picoprojetores tem grande potencial, por resolver o problema de assistir a vídeos na pequena tela de um celular.
"Quando assistir se dissocia do aparelho, a experiência pode ser mais profunda", disse o analista, quanto questionado sobre as próximas grandes tendências dos celulares.

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