quarta-feira, 11 de julho de 2012

PCs e celulares sobrevivem ao desempenho ruim do varejo em maio

A área de Informática e Comunicação sobreviveu ao momento negativo do varejo brasileiro registrado em maio, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 11/07, pelo IBGE.

Segundo o instituto, as vendas, em maio, mês tradicionalmente bom em função do dia das Mães, recuaram 0,8% frente a abril, maior queda desde novembro de 2008 (-1,3%), indicando que a economia brasileira continua patinando e que mais cortes de juros podem vir. Comparado com um ano antes, as vendas cresceram 8,2 por cento em maio, abaixo do esperado pelo mercado.

"O comércio está convergindo para o ritmo real da economia... A fórmula aplicada em 2008 para enfrentar a outra crise não está dando o mesmo resultado", declarou a jornalistas o economista do IBGE Reinaldo Pereira. "Agora, há uma componente importante que é o endividamento das famílias. O consumidor não está respondendo ao estímulo do governo", adicionou.

Em meio as notícias ruins, o segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo sexto maior impacto na formação da taxa global, cresceu. Ele obteve acréscimo no volume de vendas, em maio, da ordem de 17,3% sobre igual mês do ano passado e taxa acumulada nos primeiros cinco meses do ano de 28,1% e nos últimos 12 meses de 26,4%.

Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, salienta o IBGE, destacam-se a redução dos preços de produtos que compõem a atividade (microcomputador com queda de 8,6% em 12 meses – IPCA), o aumento da massa salarial e a crescente importância que esses produtos (informática e comunicação) vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias.

Mas na comparação anual, ainda segundo o IBGE, boa parte das atividades mostrou desaceleração no crescimento em maio, com destaque negativo para equipamentos para escritório e informática, que passaram de 33,2% em abril para 17,3% em maio.

"O resultado de maio foi negativo e não dá para dizer ainda que trata-se de uma inflexão na curva. Temos de aguardar mais informação para ver se foi pontual ou uma mudança de trajetória", frisou o economista do IBGE.

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