A
área de Informática e Comunicação sobreviveu ao momento negativo do
varejo brasileiro registrado em maio, segundo dados divulgados nesta
quarta-feira, 11/07, pelo IBGE.
Segundo o instituto, as vendas,
em maio, mês tradicionalmente bom em função do dia das Mães, recuaram
0,8% frente a abril, maior queda desde novembro de 2008 (-1,3%),
indicando que a economia brasileira continua patinando e que mais cortes
de juros podem vir. Comparado com um ano antes, as vendas cresceram 8,2
por cento em maio, abaixo do esperado pelo mercado.
"O comércio
está convergindo para o ritmo real da economia... A fórmula aplicada em
2008 para enfrentar a outra crise não está dando o mesmo resultado",
declarou a jornalistas o economista do IBGE Reinaldo Pereira. "Agora, há
uma componente importante que é o endividamento das famílias. O
consumidor não está respondendo ao estímulo do governo", adicionou.
Em
meio as notícias ruins, o segmento de Equipamentos e materiais para
escritório, informática e comunicação, responsável pelo sexto maior
impacto na formação da taxa global, cresceu. Ele obteve acréscimo no
volume de vendas, em maio, da ordem de 17,3% sobre igual mês do ano
passado e taxa acumulada nos primeiros cinco meses do ano de 28,1% e nos
últimos 12 meses de 26,4%.
Dentre os fatores que vêm
determinando este desempenho, salienta o IBGE, destacam-se a redução dos
preços de produtos que compõem a atividade (microcomputador com queda
de 8,6% em 12 meses – IPCA), o aumento da massa salarial e a crescente
importância que esses produtos (informática e comunicação) vêm tendo nos
hábitos de consumo das famílias.
Mas na comparação anual, ainda
segundo o IBGE, boa parte das atividades mostrou desaceleração no
crescimento em maio, com destaque negativo para equipamentos para
escritório e informática, que passaram de 33,2% em abril para 17,3% em
maio.
"O resultado de maio foi negativo e não dá para dizer
ainda que trata-se de uma inflexão na curva. Temos de aguardar mais
informação para ver se foi pontual ou uma mudança de trajetória", frisou
o economista do IBGE.
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