Como
um evento que acontece uma vez a cada quatro anos, a cada vez em um
local diferente, demandando uma grande infraestrutura e gerando uma
enorme quantidade de dados, os Jogos Olímpicos parecem perfeitos para o
uso de computação em nuvem. Parecem, mas ainda não são.
Para o CIO das Olimpíadas de Londres, Gerry Pennell, usar o cloud
computing durante o evento faria todo o sentido econômico. “O problema é
que a infraestrutura baseada em nuvem não está suficientemente madura
para suportar um evento deste porte. Mas é nesta direção que vamos”,
disse o executivo em um evento organizado pela British Telecom na última
terça-feira, 10.
Faltando menos de 20 dias para a abertura dos jogos, o executivo
disse que muito do trabalho de TI está completo, e ele consumiu cerca de
25% do orçamento total do comitê organizador. Hoje, a equipe de TI que
dará suporte à Olimpíadas é composta por 5,5 mil técnicos e conta com um
parque de 110 mil equipamentos.
O executivo dividiu o escopo técnico em três áreas: integração de
sistemas, implementação e operação. Mais que isso, Pennell disse que
utilizar tecnologias de diversos fornecedores para construir esta
infraestrutura foi um desafio, assim como instalar equipamentos em
locais definidos pelo comitê organizador apenas na última hora, como
Winbledon e o Horse Guards Parade.
O próximo passo é rodar os sistemas durante os Jogos o que, de acordo
com o CIO, traz seus próprios desafios. “O modelo de ligar para o help
desk e aguarda ajuda para dali a vários dias não vai funcionar”, diz.
O executivo disse que um dos desafios a serem enfrentados durante o
evento é a mobilidade, e o uso crescente de smartphones e tablets. “As
expectativas cresceram, e as pessoas esperam ter informações na palma de
suas mãos”, afirma. Para isso, a equipe de Pennell desenvolveu um
aplicativo – disponível para Android e iOS e, em breve, para BlackBerry e
Windows Phone – e está trabalhando na construção de redes móveis desde
2009, o que deve ampliar a capacidade das redes de voz na Vila Olímpica.
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