quarta-feira, 11 de julho de 2012

Olimpíadas na nuvem? Ainda não

Como um evento que acontece uma vez a cada quatro anos, a cada vez em um local diferente, demandando uma grande infraestrutura e gerando uma enorme quantidade de dados, os Jogos Olímpicos parecem perfeitos para o uso de computação em nuvem. Parecem, mas ainda não são.
Para o CIO das Olimpíadas de Londres, Gerry Pennell, usar o cloud computing durante o evento faria todo o sentido econômico. “O problema é que a infraestrutura baseada em nuvem não está suficientemente madura para suportar um evento deste porte. Mas é nesta direção que vamos”, disse o executivo em um evento organizado pela British Telecom na última terça-feira, 10.
Faltando menos de 20 dias para a abertura dos jogos, o executivo disse que muito do trabalho de TI está completo, e ele consumiu cerca de 25% do orçamento total do comitê organizador. Hoje, a equipe de TI que dará suporte à Olimpíadas é composta por 5,5 mil técnicos e conta com um parque de 110 mil equipamentos.
O executivo dividiu o escopo técnico em três áreas: integração de sistemas, implementação e operação. Mais que isso, Pennell disse que utilizar tecnologias de diversos fornecedores para construir esta infraestrutura foi um desafio, assim como instalar equipamentos em locais definidos pelo comitê organizador apenas na última hora, como Winbledon e o Horse Guards Parade.
O próximo passo é rodar os sistemas durante os Jogos o que, de acordo com o CIO, traz seus próprios desafios. “O modelo de ligar para o help desk e aguarda ajuda para dali a vários dias não vai funcionar”, diz.
O executivo disse que um dos desafios a serem enfrentados durante o evento é a mobilidade, e o uso crescente de smartphones e tablets. “As expectativas cresceram, e as pessoas esperam ter informações na palma de suas mãos”, afirma. Para isso, a equipe de Pennell desenvolveu um aplicativo – disponível para Android e iOS e, em breve, para BlackBerry e Windows Phone – e está trabalhando na construção de redes móveis desde 2009, o que deve ampliar a capacidade das redes de voz na Vila Olímpica.

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