Um ano após o lançamento do Google+, parece que o Google não acha que
a rede social é, de fato, uma rede social. Pode parecer um pouco
confuso para as 150 milhões de pessoas que utilizam ativamente a rede,
todos os meses. Eles acompanham colegas e amigos com seus Círculos. Eles
conversam com familiares via Hangout. Postam fotos. Assistem a vídeos.
Mas não é esse tipo de coisa que se faz em uma rede social? O Google
tem uma outra ideia sobre isso. De acordo com o que o vice-presidente
sênior de negócios sociais do Google, Vic Guntotra, e o vice-presidente
de produtos, Bradley Horowitz, disseram ao site americano Mashable, o
Google+ pode ser social, mais é muito mais do que isso.
Ao invés de uma rede social, o Google+ é uma atualização de todos os
produtos do Google. "O Google+ é apenas um upgrade para o Google", disse
Gundotra ao Mashable. "As pessoas têm dificuldade para entender isso.
Acho que eles gostam de nos comparar com outros concorrentes do ramo e
nos enxergam por essas lentes, ao invés de verem o que realmente está
acontecendo: o Google está pegando todos os seus maravilhosos produtos e
juntando-os, para que possam ficar ainda melhores".
O Google tem afirmado desde o último semestre que o Google+ será um
conector de todos os seus produtos. E falando no que temos ouvido desde
outubro passado, o co-fundador e CEO da gigante, Larry Page, disse que
queria "transformar toda a experiência do Google" com o Google+.
"Isso significa criar uma identidade e colocá-la em todos os produtos
da empresa, para que possamos construir uma relação de confiança com
nossos usuários", disse Page. "Compartilhar coisas pela internet será
como compartilhá-las na vida real."
É isso que o Google começou a fazer. Pouco tempo depois que Page deu
essa declaração, o Google começou a integrar o Google+ com o Google
Apps.
Enquanto espera-se que o Google+ seja utilizado como um portifólio
para os produtos da empresa, será que isso significa que ele não é mais
uma rede social? De forma alguma, de acordo com Dan Olds, analista da
Gabriel Consulting Group.
"Isso é um grande exemplo de como fazer um gol enquanto o jogo está
rolando", disse Olds. "O Google não fez muito para impedir que houvessem
essas comparações quando estavam lançando a rede. Mas agora, um ano
depois, de repente o Google+ não é mais tão parecido com o Facebook.
Deram a volta por cima de forma magistral e não acho que isso possa
estar errado."
Ele acrescentou também que só porque o Google+ está integrando sua
linha de produtos, isso não muda o que ele é. "Ainda é uma rede social
em sua essência", disso Olds. "O Google+ ainda é um serviço que dá aos
usuários a chance de compartilhar e se conectar com outros, e isso é o
que uma rede social faz. Se você tirar isso do Google+, então ele não
passará de um console, certo?"
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