Trabalhadores de uma fábrica chinesa controlada pela Foxconn, principal fabricante de produtos da Apple, ameaçaram saltar do alto de um edifício em protesto contra baixos salários, um mês após ambas companhias anunciarem um acordo acerca das condições de trabalho
O protesto aconteceu em Wuhan, no centro da China, em uma das fábricas da Foxconn. A companhia emprega cerca de 1,2 milhão de pessoas na China, e monta, entre outros produtos, iPhones e iPads.
A manifestação envolvia cerca de 200 operários, segundo o Information Centre for Human Rights, grupo de ativistas de Hong Kong.
Um representante da Foxconn declarou que o protesto se referia a ajustes no local de trabalho e envolvia novos operários na fábrica. Ele afirmou que não se tratava de uma greve.
"A disputa foi resolvida após negociações que envolveram os departamentos jurídico e de recursos humanos, bem como o governo local", disse Simon Tsing, porta-voz da companhia em Taiwan.
A Foxconn e a Apple fecharam acordo para tratar de violações de condições de trabalho e para a melhora do ambiente dos trabalhadores.
O acordo foi fechado quase dois anos depois de uma série de suicídios de operários em fábricas da Foxconn atrair atenção para as condições de trabalho na indústria chinesa. Os eventos causaram questionamentos sobre o verdadeiro preço que tinha cada um dos produtos da Apple.
A Foxconn é a maior empregadora do setor privado na China.
Na terça-feira, a Apple reportou alta de quase 100% em seu lucro trimestral, depois de uma disparada nas vendas do iPad, superando com folga as expectativas do mercado financeiro.
Tsing não quis revelar quantos funcionários se envolveram nessa última disputa. Ele disse que nenhum deles havia saltado do edifício.
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