Várias associações francesas processaram o Google para que ele deixe de associar de forma automática a palavra "judeu" aos nomes de personalidades pesquisadas pelos internautas, informou no sábado (28) uma fonte ligada ao caso.
Uma audiência foi marcada para quarta-feira, anunciou à France-Presse o advogado da SOS Racismo, Patrick Kulgman, que considera que a função Suggest (ferramenta de sugestão de buscas) gerou "a criação do que talvez seja o maior arquivo judeu da história".
Disponível na França desde 2008, o Google Suggest permite sugerir o que o internauta procura, tendo como base, em parte, as buscas realizadas por outros internautas.
Em sua queixa, a UEFKJ (União dos Estudantes Judeus da França), a Acuso!-AIPJ (Ação Internacional pela Justiça), a SOS Racismo e o Movimento contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos (MRAP) protestam contra o uso do termo "judeu" proposto pelo Google Suggest quando é feita uma busca pelo nome de alguma personalidade.
"Vários usuários da maior ferramenta de busca da França e do mundo se deparam diariamente com a associação não solicitada e quase sistemática do termo 'judeu' junto a nomes de pessoas de primeiro plano da política, da mídia e dos negócios", lamentam essas organizações.
"Eles veem difundidos e intensificados da forma mais visualmente imediata o sentimento da onipresença dos judeus no comando da França", acrescentam essas associações.
Para as associações, o Google Suggest infringe a lei que proíbe a formação de arquivos étnicos.
Em seu site, o Google indica que exclui do Google Suggest "uma categoria restrita que corresponde a termos pornográficos, violentos, de incitação ao ódio e relacionados a direitos autorais".
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