Duas notícias revelam o trabalho do futuro --e mostram como algumas discussões no Brasil, como a dificuldade de flexibilizar as leis trabalhistas, estão atrasadas.
Uma delas mostra a invenção de uma impressora 3D que permite que o consumidor produza seu próprio chocolate nos mais diferentes formatos (veja a imagem aqui). A diferença que não é um processo artesanal.
Com as tecnologias de impressão em 3D o consumidor pode virar um pequeno produtor, descentralizando a produção. Não apenas consumindo o que produz, mas vendendo em pequena escala industrial. Seria essa uma nova revolução industrial.
Milhares de produtos feitos em fábricas poderiam, no futuro, ser produzidos em casa, com alta qualidade. O diferencial vai estar no design personalizado.
Outra notícia. Um jovem queria produzir um relógio inteligente, usando aplicativos e uma tela especial. Não tinha nenhum dinheiro. Colocou seu projeto num site de financiamento coletivo --e arrecadou cerca de R$ 10 milhões.
Isso significa que, no trabalho do futuro, haverá cada vez menos intermediários, e o consumidor terá cada vez mais força.
Será que vamos ter um renascimento dos tempos em que as cidades eram tomadas por mestres de ofício?
Abre-se assim uma nova perspectiva de revitalização das cidades e do mercado de trabalho, numa valorização da economia criativa.
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