domingo, 17 de janeiro de 2010

Internet ajuda no enriquecimento de coleções

A coleção de medalhas do corredor Ricardo Costa, 40, cresceu de forma vertiginosa desde que ele criou o site Medalhão (www.medalhao.com). O esquema é simples: colaboradores de todo o mundo mandam fotos de suas conquistas para serem publicadas na página -além das de Costa.
"Na verdade, a coleção não é minha, é de todos os corredores que colaboram", diz o colecionador, que mantém cerca de mil peças no seu acervo e fala da importância da internet: "Na rede, o mundo passa a tomar conhecimento das suas conquistas."



O site www.freakskull.com.br também funciona como coleção virtual, mas de carrinhos em miniatura. Nele, está exposta parte do acervo de 2.500 miniaturas de Alex Takahashi, 44. Ele também dá dicas sobre como customizar os carrinhos.
Para a psicóloga Karina Danielly Toledo de Souza, as coleções não precisam ser necessariamente de coisas concretas. Ela diz que o ato de colecionar serve mais pela busca e procura explicar por que alguns levam coleções da infância para a vida adulta. "Quando se torna algo maior, que se estende por anos, se torna uma rotina da pessoa, é uma parte da história dela."
Luiz Alberto Abarca Ferrarezi (dicasdoluiz.com.br), 26, que coleciona itens relacionados a videogames, também é um colecionador adepto das novas tecnologias. Ele fala dos leilões e fóruns como facilidades para começar uma coleção, ou negociar com grandes colecionadores. "Quando comecei oficialmente [em 2000] a internet já servia como meio de compra e venda de games, mas os sites ainda não haviam estourado em público", explica.
Ferrarezi já chegou a ter 500 itens, entre consoles, acessórios e jogos. "Meu foco são os consoles, todos em pleno funcionamento e com caixas e manuais em estado perfeito."
Pensando nesse público, a Mattel anunciou que irá lançar no Brasil, ainda em janeiro, um site para vender carrinhos Hot Wheels feitos especialmente para colecionadores. A empresa já mantém o www.colecionadoreshw.com.br, que faz o relacionamento da empresa com os colecionadores.
O analista de compras Marcos Pedroso, 46, é um desses colecionadores de carrinhos. Ele já tem aproximadamente 4.000 peças de veículos na escala 1:64 --são carrinhos de cerca de sete centímetros.
Ele fala da dificuldade do início da coleção: "Fiquei dois ou três anos procurando colecionadores brasileiros na rede, mas não consegui nada além de norte-americanos."
Pedroso explica que grande parte dos colecionadores de carrinhos depende totalmente da rede para manter suas coleções. "Para encontrar peças, adquirir a cultura do hobby, fazer trocas ou expor suas coleções em sites de fotografia."

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