sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

China diz que empresas estrangeiras devem respeitar suas leis

Os clientes estrangeiros, incluindo o Google, deverão respeitar as leis e regulações políticas da China, informou hoje Yao Jian, porta-voz do Ministério de Comércio em entrevista coletiva.
"A China continuará facilitando um bom ambiente de investimento aos clientes estrangeiros, que deverão, incluindo o Google, respeitar as leis e regulações políticas de dito país", assinalou o porta-voz. Além disso, Yao disse que a China "ainda não recebeu nenhum relatório do Google no qual indique que se retira do país".
Estas declarações acontecem um dia depois que a multinacional afirmou que ia retirar do mercado chinês sua versão local, o google.cn, por pressões censoras de seu Governo.
O governo americano pediu nesta quinta-feira explicações à China em Washington pelo ciberataque dirigido a contas de e-mail de ativistas pró-direitos humanos que o Google denunciou ter sofrido, segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, explicando que houve uma reunião hoje com funcionários chineses da embaixada em Washington.
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, explicou que o Google informou a sua dependência do suposto ataque, o qual disse "gera sérias preocupações".
Em comunicado divulgado na segunda-feira passada, a chefe da diplomacia americana considerou que "a capacidade de operar com confiança no ciberespaço é crítica em uma economia e sociedade modernas".
Na última terça-feira, o gigante da internet ameaçou fechar suas operações na China após sofrer um ciberataque proveniente do país asiático dirigido a contas de e-mail de ativistas pró-direitos humanos.
O Google decidiu rever sua estratégia na China, onde está presente há quatro anos, ao entender que não estão sendo cumpridos os objetivos com os quais se implantou no país e que o levaram a transigir com a censura governamental.
A multinacional assinalou que sua retirada do mercado chinês se limitaria à versão local, segundo disse um porta-voz da empresa ao jornal "China Daily".

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