sábado, 2 de outubro de 2010

Redes sociais infantis ganham espaço

Usuários da internet brasileira com faixa etária entre seis e 14 anos gastaram 60% do tempo on-line em sites de entretenimento, programas de mensagem instantânea e de redes sociais, aponta estudo feito pela comScore divulgado em junho deste ano.
Redes sociais voltadas para o público infantil começam a ganhar espaço no mundo virtual. Uma das mais recentes é a TogetherVille (togetherville.com), que funciona como uma espécie de Facebook para crianças de seis a dez anos.
Disponível desde maio e por enquanto apenas em inglês, o site também dá espaço para que os pais participem e monitorem as atividades dos pequenos.
Na intenção de oferecer uma experiência mais completa, outros endereços eletrônicos combinam jogos e sites de relacionamento.
É o caso do ClubPenguin, que funciona também como uma rede social para as crianças.
A criança pode personalizar um pinguim e passear por um mundo onde as aves estão no comando -mas tudo só acontece depois que um responsável faz o cadastro e configura que tipo de bate-papo (com filtro de termos ou apenas frases pré-programadas) poderá ser praticado.
O jovem pinguim pode conversar e ver os outros membros da rede andando pelo mundo virtual.
Também focado na interatividade entre os usuários, o ToonTown oferece um ambiente parecido com o de um RPG on-line, mas bem simples. A criança pode criar um avatar animado para explorar o mundo, fazer amizades e enfrentar monstros.
Por sua vez, o Migux é um ambiente virtual aquático em que os pequenos são peixinhos, escolhem uma casa e têm que ganhar conchas, que valem como dinheiro, por meio de jogos para mobiliar seu espaço.
SEGURANÇA
A dentista Anna Carolina Perez, 27 anos, é mãe de Pedro, 9. O garoto não desgruda do computador. "Às vezes, ele não quer nem almoçar para ficar na internet ou em sites de jogos".
Anna, que nunca se preocupou com as atividades do filho na web, se surpreendeu recentemente com um perfil do filho na rede Formspring, onde o usuário responde a questões anônimas. "Tinha muita informação pessoal ali, sobre a escola, telefone de casa e até perguntas mais íntimas, sobre o primeiro beijo dele, que nem eu mesma sabia que tinha acontecido", diz a mãe.
As perguntas podem ter sido atitudes inofensivas de colegas da criança, mas para evitar contato com material pornográfico, vírus ou pedófilos, o ideal é direcionar a criança para sites especificamente infantis, onde o responsável pode ter maior controle.

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