Usuários da internet brasileira com faixa etária entre seis e 14 anos
gastaram 60% do tempo on-line em sites de entretenimento, programas de
mensagem instantânea e de redes sociais, aponta estudo feito pela
comScore divulgado em junho deste ano.
Redes sociais voltadas para o público infantil começam a ganhar espaço
no mundo virtual. Uma das mais recentes é a TogetherVille (togetherville.com),
que funciona como uma espécie de Facebook para crianças de seis a dez
anos.
Disponível desde maio e por enquanto apenas em inglês, o site também dá
espaço para que os pais participem e monitorem as atividades dos
pequenos.
Na intenção de oferecer uma experiência mais completa, outros endereços
eletrônicos combinam jogos e sites de relacionamento.
É o caso do ClubPenguin,
que funciona também como uma rede social para as crianças.
A criança pode personalizar um pinguim e passear por um mundo onde as
aves estão no comando -mas tudo só acontece depois que um responsável
faz o cadastro e configura que tipo de bate-papo (com filtro de termos
ou apenas frases pré-programadas) poderá ser praticado.
O jovem pinguim pode conversar e ver os outros membros da rede andando
pelo mundo virtual.
Também focado na interatividade entre os usuários, o ToonTown oferece um ambiente parecido
com o de um RPG on-line, mas bem simples. A criança pode criar um avatar
animado para explorar o mundo, fazer amizades e enfrentar monstros.
Por sua vez, o Migux é
um ambiente virtual aquático em que os pequenos são peixinhos, escolhem
uma casa e têm que ganhar conchas, que valem como dinheiro, por meio de
jogos para mobiliar seu espaço.
SEGURANÇA
A dentista Anna Carolina Perez, 27 anos, é mãe de Pedro, 9. O garoto não
desgruda do computador. "Às vezes, ele não quer nem almoçar para ficar
na internet ou em sites de jogos".
Anna, que nunca se preocupou com as atividades do filho na web, se
surpreendeu recentemente com um perfil do filho na rede Formspring, onde o
usuário responde a questões anônimas. "Tinha muita informação pessoal
ali, sobre a escola, telefone de casa e até perguntas mais íntimas,
sobre o primeiro beijo dele, que nem eu mesma sabia que tinha
acontecido", diz a mãe.
As perguntas podem ter sido atitudes inofensivas de colegas da criança,
mas para evitar contato com material pornográfico, vírus ou pedófilos, o
ideal é direcionar a criança para sites especificamente infantis, onde o
responsável pode ter maior controle.
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