A Microsoft deve divulgar um aumento significativo em seu lucro
trimestral nesta quinta-feira, impulsionado pelas novas versões de seu
lucrativo software Office e o sucesso do videogame Halo; mas os
problemas de curto e longo prazo que afetam a franquia Windows, base dos
negócios da Microsoft, preocupam investidores.
A maior produtora de softwares do mundo vendeu um recorde de 240 milhões
de licenças para seu sistema operacional Windows 7 em um ano desde seu
lançamento. Mas as vendas abaixo do esperado de PCs limitam o
crescimento do novo Windows, e alguns temem que o domínio do software,
que é o principal produto da companhia, esteja sendo ameaçado pelo iPad
da Apple, e a crescente tendência da computação móvel no mercado.
"Os vendedores de nossa cadeia de fornecimento e o setor de hardware
vêem uma queda continuada nas vendas de PCs", disse o analista da
McAdams Wright Ragen. "O que ninguém sabe ao certo é quanto disso de
fato se deve ao consumo fraco e quanto se deve ao iPad".
As vendas de PCs --que geralmente ditam as vendas do Windows e as
condições gerais do setor de tecnologia-- cresceram apenas 11%, para
89,7 milhões de unidades, no período entre julho e setembro, segundo o
grupo de estudos IDC, abaixo do esperado por seus pesquisadores, de um
crescimento de 13,5%. Para o atual trimestre, o IDC espera uma alta de
7,4% nas vendas de PCs.
Os gastos corporativos continuam relativamente fortes, segundo grupos de
pesquisa, mas os consumidores estão adiando suas compras de PCs, ou
talvez prefiram comprar iPads, embora ainda seja muito cedo para
confirmar se o novo aparelho da Apple realmente está afetando o mercado
de PCs.
No entanto, a expectativa é de que a Microsoft divulgue um lucro bem
mais alto que do terceiro trimestre de 2009, quando a economia mundial
apenas começava a se recuperar da crise.
A companhia deve se beneficiar do lançamento de seu popular suite de
softwares Office 2010, em maio deste ano, além do novo videogame Halo:
Reach, que vendeu mais de US$ 200 milhões no primeiro dia do lançamento,
em setembro.
Wall Street espera um lucro de US$ 0,55 por ação, ante os US$ 0,40 por
ação registrados um ano antes, segundo dados da Thomson Reuters I/B/E/S.
Já em vendas, analistas esperam uma alta de 22% para US$ 15,8 bilhões
sobre os US$ 12,92 bilhões anteriores.
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