Um computador tablet da Microsoft para combater o popular iPad, da
Apple, será lançado antes do Natal, anunciou nesta terça-feira o
presidente-executivo da companhia, Steve Ballmer.
Ballmer não informou, contudo, se o aparelho estará nas lojas até o
Natal e nem qual seria o fabricante. A Microsoft demorou para reagir ao
iPad e conquistou avanços limitados em celulares.
"Vocês verão novos tablets com o Windows instalado neste Natal", disse
ele a uma audiência de estudantes, funcionários e jornalistas na London
School of Economics.
"Nós certamente trabalhamos para desenvolver o tablet tanto como
ferramenta de produtividade quanto como bem de consumo", acrescentou.
O grupo de pesquisa Gartner projeta para este ano vendas de 10 milhões
de tablets, que começam a ser adotados pelos consumidores. Os modelos
disponíveis incluem o Streak, da Dell, e o Eee Pad, da Asustek. A Apple
vendeu 3,3 milhões de unidades do iPad em seus primeiros três meses no
mercado.
Durante a Consumer Electronics Show deste ano, em janeiro, Ballmer
mostrou um tablet da Hewlett-Packard que opera com Windows, meses antes
da chegada do aguardado produto rival da Apple ao mercado.
Mas pouco se ouviu sobre o aparelho desde que a HP fechou acordo para a
compra da fabricante de celulares inteligentes Palm, em abril, por US$
1,2 bilhão.
Mais tarde, a HP anunciou planos para uma nova safra de aparelhos, entre
os quais, tablets acionados pelo software Palm, ainda que não tenha
abandonado os planos de oferecer tablets equipados com o Windows.
A Microsoft também não conseguiu conquistar muito espaço no mercado de
celulares inteligentes, em que rivais como Apple e HTC mostram rápido
crescimento, além da Research in Motion, que capturou os usuários
empresariais com seu BlackBerry.
O Windows para celulares detinha 8,7% do mercado de smartphones no ano
passado, fatia que deve cair a 3,9% em 2014, de acordo com a Gartner.
A Microsoft também cancelou um celular voltado a adolescentes, em julho, depois de apenas três meses de vendas.
"A tarefa agora é voltar ao jogo seriamente nos celulares", disse Ballmer.
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