terça-feira, 17 de novembro de 2009

Relatório mostra que países estão se equipando com "ciberarmas"

Estados Unidos, Rússia, França, Israel e China estão equipados com armas cibernéticas, segundo um relatório divulgado hoje pela empresa de segurança na internet McAfee, que também afirmou que os ataques virtuais com motivação política aumentaram nos últimos meses.
O relatório, apresentado anualmente pela McAfee, aponta que, nos EUA, a Casa Branca, o Departamento de Segurança Interna, o Serviço Secreto e o Departamento de Defesa foram vítimas de ataques cibernéticos com motivações políticas.
Os ataques, em forma de DOS (negação de serviço), aconteceram de forma coordenada no dia 4 de julho, data em que os EUA comemoram sua independência, e também afetaram o Departamento do Tesouro, a Bolsa de Nova York, a Nasdaq, a Amazon e a Yahoo!.
Poucos dias depois, 11 sites do governo sul-coreano foram "apagados" pela mesma rede de 50 mil computadores utilizados para atacar os EUA.
Os serviços secretos de Seul acusaram a Coreia do Norte de orquestrar o ataque, acrescentou o relatório.
Dmitri Alperovitch, vice-presidente do setor de investigação de ameaças da McAfee, aponta no relatório que se os ataques contra EUA e Coreia do Sul tiveram origem na Coreia do Norte, a motivação podia ter sido provar o impacto dos ataques nas comunicações entre os dois países e seu efeito nas de caráter militar.
A McAffe anunciou que os países estão desenvolvendo suas capacidades bélicas no ciberespaço, o que qualificou como uma "corrida de 'ciberarmas'" que tem como mira redes de informações governamentais e outras infraestruturas críticas para o funcionamento dos países.
O relatório assinala que os alvos teóricos e reais destes ataques são redes elétricas, sistemas de transporte, telecomunicações, finanças e fornecimento de água, "porque o dano pode ser feito de forma rápida e com pouco esforço".
Mas o relatório também advertiu que é o setor privado o que se encontra em maior risco de ataque, em parte porque a infraestrutura crítica de um país está normalmente em mãos de companhias privadas e em parte porque o setor depende dos governos para prevenir os ataques.

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