"Cento e nove pessoas foram presas, das quais 47 foram libertados sob fiança e 62 foram presos e processados", disse o general Azizolá Rajabzadeh, chefe da polícia de Teerã, citado pela agência de notícias Mehr.
Vários jornalistas também foram detidos, incluindo um correspondente da agência de notícias France Presse, Farhad Pouladi, detido no sábado.
As autoridades iranianas libertaram na noite desta sexta-feira à noite os três jornalistas estrangeiros detidos durante os protestos. "Três estrangeiros, um canadense e dois alemães, que foram detidos na quarta-feira, foram libertados", afirmou o procurador-geral de Teerã, Abaas Jafari-Dolatabadi.
Em primeira declaração, as autoridades afirmaram que os capturados eram um cidadão japonês e dois canadenses.
O procurador-geral também confirmou que um estudante de jornalismo dinamarquês, que aparentemente estava no país para realizar um trabalho de pesquisa sobre a política iraniana, também está detido.
"Requereremos às autoridades competentes que nos apresentem documentação que demonstre o propósito da presença dele aqui. Uma vez que os recebamos, se atuará em consequência", disse Dolatabadi a agência oficial de notícias local Irna.
Centenas de opositores se manifestaram na quarta-feira em Teerã de forma paralela à concentração convocada pelo regime iraniano para comemorar o aniversário do assalto à embaixada dos Estados Unidos.
Os meios de comunicação estrangeiros estão proibidos desde junho de cobrir as manifestações da oposição, que o regime considera "ilegais". Algumas testemunhas relataram que cerca de 20 iranianos foram detidos durante os protestos contra o governo.
O ultraconservador Ahmadinejad foi reeleito com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.
A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e cerca de 2.000 presos. A oposição fala em 69 vítimas.
O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.
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