terça-feira, 3 de novembro de 2009

No entanto, Google também admitiu que pelo menos 20 mil livros estariam sob a proteção dos direitos autorais da China, explicou Zhang Hongbo, subdiretor da Sociedade China de Direitos autorais (CWWCS). No último dia 21 de outubro, a CWWCS acusou o Google de digitalizar sem permissão e colocar em sua biblioteca digital, Google Books, obras de vários escritores chineses. Zhang disse que após falar com Erik Hartmann, responsável na Ásia-Pacífico do Google Books, no próximo dia 16 de novembro a companhia americana proporcionará uma lista completa dos livros chineses digitalizados. O vice-diretor da CWWCS afirmou que resolver o problema dependerá de futuras negociações e pediu à empresa que admita sua infração e se desculpe. Mais de 50 escritores assinaram uma carta de protesto na qual exigem desculpas do Google e as correspondentes compensações, disseram a imprensa local. A empresa pretende criar uma gigantesca biblioteca virtual, um serviço que oferecerá na internet livros completos, um projeto encontra grande número de opositores no mundo todo. Google propôs um acordo com os editores e autores americanos para que recebam 63% do lucro que venha da digitalização de suas obras. No entanto, a CWWCS indicou que os escritores chineses não aceitam um acordo deste tipo.

O STJ (Supremo Tribunal de Justiça) decidiu que o envio de spam, ainda que de conteúdo erótico, não é um fator que incorre em dano moral. O entendimento foi manifestado em julgamento inédito ocorrido em Brasília na semana passada, e que foi divulgado nesta terça-feira (3).
O ministro relator do recurso, Luís Felipe Salomão, foi o único que votou no sentido de que a empresa deve reconhecer a ocorrência do dano e a obrigação de retirar o destinatário de sua lista de envio.


Todos os demais ministros, entretanto, consideraram que não há dever de indenizar diante da possibilidade de bloqueio do remetente indesejado, aliada às ferramentas de filtro de lixo eletrônico disponibilizadas pelos servidores de internet.
De acordo com comunicado do STJ, a discussão judicial sobre o spam teve início quando um advogado do Rio de Janeiro ingressou com ação de obrigação de fazer e pedido de indenização por dano moral. Em 2004, ele recebeu e-mails com publicidade de um restaurante em que há shows eróticos. As mensagens traziam imagens de mulheres de biquíni. O advogado solicitou a retirada do seu endereço eletrônico da lista de envio do spam. O restaurante confirmou o recebimento do pedido --mas o advogado continuou a receber as mensagens indesejadas.
Para o desembargador convocado Honildo de Mello Castro, admitir o dano moral para casos semelhantes abriria um leque para incontáveis ações pelo país.
Já o ministro Aldir Passarinho Junior avaliou que deter a internet é complicado. Ele comentou que há coisas que a internet traz para o bem, e outras para o mal. "O spam é algo a que se submete o usuário da internet. Não vejo, a esta altura, como nós possamos desatrelar o uso da internet do spam", afirmou.
Com o julgamento do STJ, fica mantida a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que havia reformado a sentença de primeiro grau e considerou não terem sido violadas a intimidade, a vida, a honra e a imagem do destinatário do spam.
O STJ observou que, embora tramitando no Congresso Nacional projetos de lei sobre o tema, não existe legislação específica para classificar o spam.

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