A compra da GVT pela empresa francesa Vivendi vai aumentar a competitividade entre as empresas de telefonia, o que deve ser bom para reduzir preços e melhorar serviços, afirmou nesta terça-feira o ministro Hélio Costa (Comunicações).
"Uma vez que você tem alguma movimentação capaz de reduzir custo, melhorar serviço, é sempre bom. A entrada de outro competidor, seja ele nacional ou internacional, sempre resulta nisso, melhor competitividade, melhores preços e melhor serviço", afirmou.
O ministro defendeu ainda que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deveria ter dado condições iguais à Vivendi e à Telefônica para a compra da GVT. A agência impôs uma série de exigências à Telefônica, alegando que a empresa já atua no mercado brasileiro, ao contrário da Vivendi, que, até então, não operava no país.
De acordo com o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, as contrapartidas colocadas à Telefônica tinham o objetivo de assegurar a livre concorrência no mercado de telefonia.
Bolsa Celular
Costa afirmou hoje que está tirando do ministério a responsabilidade da apresentação do projeto de celulares populares. Se as empresas quiserem fazê-lo, que façam por conta própria.
Na semana passada, Costa disse à imprensa que apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um projeto de expansão da telefonia móvel para todos os beneficiários do programa Bolsa Família. Pelo projeto, todas as 11 milhões de famílias atendidas pelo programa receberiam, de graça, um celular e R$ 7 de crédito por mês.
Segundo o ministro, ele foi mal interpretado sobre o financiamento do programa. As empresas, se quiserem, é que devem encabeçar as negociações a partir de agora.
Segundo a proposta do ministro, apresentada há uma semana, o governo abriria mão da arrecadação do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações) das linhas do programa, o que levantaria R$ 2 bilhões em dois anos. Segundo Costa, isso não seria dinheiro retirado dos cofres públicos, já que essas linhas ainda não existem.
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