Um professor americano de ciências da informática criou com um aluno uma fórmula matemática para descobrir fotografias retocadas digitalmente, segundo publica nesta segunda-feira (28) a revista Proceedings da "National Academy of Sciences".
A alteração digital de fotos publicadas nos meios de comunicação gerou recentemente controvérsia, já que a Associação Médica Americana advertiu que podem contribuir para gerar expectativas pouco realistas da imagem corporal.
Ferramenta mostra intensidade de alterações em fotografia alterada digitalmente |
Para calculá-lo primeiro recolheram mais de 450 fotos originais e as retocadas publicadas em meios de comunicação digitais e a partir daí estabeleceram oito critérios geométricos e fotométricos comuns a todas elas.
Posteriormente, combinaram todos os parâmetros em cada par de fotos, com o objetivo de determinar o grau no qual as imagens tinham sido manipuladas.
Além disso, perguntaram a mais de 350 pessoas que comparassem o mesmo par de fotos e as classificassem em uma escala de 1 (muito similar) a 5 (muito diferentes).
Os pesquisadores incorporaram estes resultados à fórmula para obter uma média de retoque por cada par de fotos.
Exemplos de fotografias originais (topo) e alteradas usadas na pesquisa de Farid Hany e Eric Kee |
Os efeitos adversos a longo prazo na saúde pública de retocar de maneira inadequada as imagens publicadas levaram alguns países a considerar a identificação obrigatória para as fotos retocadas.
Segundo os autores, além de como um método quantitativo para avaliar as alterações digitais de fotografias sua fórmula também pode servir como elemento de dissuasão contra o retoque extremo.
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