Em disputas judiciais contra a toda-poderosa Apple, esses "Davis" do mundo digital impuseram derrotas à empresa de Cupertino, na Califórnia.
O caso mais recente ocorreu há duas semanas. Em um tribunal de Valência, a NT-K, fabricante local de computadores e tablets, foi considerada inocente da acusação de ter plagiado o iPad.
Antes da decisão, a ação da Apple fez com que a NT-K não pudesse receber unidades do seu tablet, vindas da fábrica chinesa. E a empresa foi parar em uma lista de pirataria da União Europeia.
Com um time de 20 funcionários (contra mais de 60 mil da Apple), a NT-K agora pretende contra-atacar e processar a empresa de Steve Jobs por truste. O pedido de indenização será entre 5 milhões e 10 milhões de euros.
"Somos uma empresa pequena, tentando seguir em frente em tempos de crise. É injusto que uma companhia do calibre da Apple tenha de usar sua influência dominante [contra nós]", disse a NT-K, em nota em seu blog.
O outro embate corre em uma corte norte-americana e já teve dois rounds.
No primeiro, em outubro de 2010, a Justiça do Texas ordenou que a Apple pagasse US$ 625,5 milhões por violação intencional de três patentes da Mirror Worlds. Foi um dos maiores valores da história numa disputa dessas.
A empresa argumenta que o gigante de Cupertino copiou seu Scopeware, programa de 2001 que organiza documentos numa fileira de ícones que vai para frente e para trás.
Em abril, um juiz do tribunal texano reverteu a decisão do júri, afirmando que a Mirror Worlds não conseguiu provar o plágio da Apple.
Agora, o fundador da Mirror Worlds, David Gelernter, prepara seu recurso.
"Reconheço minhas ideias --nossas ideias-- quando as vejo", disse Gelernter ao "New York Times". "O que quer que aconteça no fim da apelação, os seis meses de vingança entre o veredicto do júri e a decisão do juiz já valeram pelo prazer de muitas vidas", acrescentou.
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