O investimento do banco Goldman Sachs de quase US$ 500 milhões no
Facebook disparou uma investigação das autoridades reguladoras
americanas (SEC), que buscam manter a separação entre empresas públicas e
privadas, anunciou nesta quarta-feira o "Wall Street Journal".
Nesta semana, a imprensa destacou que o Goldman Sachs investiu US$ 450
milhões e a Digital Sky Technologies, uma empresa de investimentos
russa, outros US$ 50 milhões na rede social.
As regras do SEC exigem que empresas com 500 acionistas ou mais tornem públicas determinadas informações financeiras.
CLIENTES
Segundo reportagem da agência Reuters desta quarta-feira, o banco de
investimentos Goldman Sachs não está dando aos seus clientes
multimilionários muito tempo ou informação para que reflitam sobre a
oferta privada de US$ 1,5 bilhão em ações do Facebook. De acordo com um
cliente que recebeu uma carta do banco, os clientes têm apenas até o
final da semana para decidir se desejam investir na gigante das redes
sociais.
O maior banco de investimento do mundo esta semana anunciou investimento
de US$ 475 milhões no Facebook, e iniciou planos para levantar até US$
1,5 bilhão adicionais por meio de um veículo de investimento especial
direcionado a seus clientes pessoa física de gestão de patrimônio. A
transação avalia o Facebook em US$ 50 bilhões.
Uma vez que o banco controla uma das mais quentes oportunidades de
investimento disponíveis, o Goldman deu pouco tempo aos clientes para
tomarem uma decisão. Os clientes que receberam o email do banco no
domingo tiveram de assinar um acordo de confidencialidade.
O memorando de investimento privado, que oferece informações financeiras
detalhadas sobre a empresa e os termos de investimento, ainda não
estava em circulação, até a tarde de terça-feira, disseram dois clientes
à Reuters. A expectativa é a de que o investimento mínimo seja de US$ 2
milhões.
Tanto o investimento mínimo quanto o prazo limite podem estar sujeitos a
mudanças, disseram os investidores. O Goldman Sachs preferiu não
comentar.
Uma carta posterior do banco, recebida pela maioria dos clientes na
segunda-feira, continha pouca informação sobre o Facebook, excetuadas
estatísticas quanto a número de visitantes que se comparam
favoravelmente às do Google, outro dos gigantes da internet, que abriu
seu capital em 2004.
A oferta de ações do Facebook pelo Goldman, por meio de um veículo
especial cujo nome ainda não foi divulgado, vem sendo observada com
atenção em Wall Street porque pode preparar o terreno para outras
empresas de capital privado que desejam levantar capital mas sem os
incômodos e despesas de ações publicamente negociadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário