quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Reguladora do mercado de ações nos EUA investiga aporte no Facebook

O investimento do banco Goldman Sachs de quase US$ 500 milhões no Facebook disparou uma investigação das autoridades reguladoras americanas (SEC), que buscam manter a separação entre empresas públicas e privadas, anunciou nesta quarta-feira o "Wall Street Journal".
Nesta semana, a imprensa destacou que o Goldman Sachs investiu US$ 450 milhões e a Digital Sky Technologies, uma empresa de investimentos russa, outros US$ 50 milhões na rede social.
As regras do SEC exigem que empresas com 500 acionistas ou mais tornem públicas determinadas informações financeiras.
CLIENTES
Segundo reportagem da agência Reuters desta quarta-feira, o banco de investimentos Goldman Sachs não está dando aos seus clientes multimilionários muito tempo ou informação para que reflitam sobre a oferta privada de US$ 1,5 bilhão em ações do Facebook. De acordo com um cliente que recebeu uma carta do banco, os clientes têm apenas até o final da semana para decidir se desejam investir na gigante das redes sociais.
O maior banco de investimento do mundo esta semana anunciou investimento de US$ 475 milhões no Facebook, e iniciou planos para levantar até US$ 1,5 bilhão adicionais por meio de um veículo de investimento especial direcionado a seus clientes pessoa física de gestão de patrimônio. A transação avalia o Facebook em US$ 50 bilhões.
Uma vez que o banco controla uma das mais quentes oportunidades de investimento disponíveis, o Goldman deu pouco tempo aos clientes para tomarem uma decisão. Os clientes que receberam o email do banco no domingo tiveram de assinar um acordo de confidencialidade.
O memorando de investimento privado, que oferece informações financeiras detalhadas sobre a empresa e os termos de investimento, ainda não estava em circulação, até a tarde de terça-feira, disseram dois clientes à Reuters. A expectativa é a de que o investimento mínimo seja de US$ 2 milhões.
Tanto o investimento mínimo quanto o prazo limite podem estar sujeitos a mudanças, disseram os investidores. O Goldman Sachs preferiu não comentar.
Uma carta posterior do banco, recebida pela maioria dos clientes na segunda-feira, continha pouca informação sobre o Facebook, excetuadas estatísticas quanto a número de visitantes que se comparam favoravelmente às do Google, outro dos gigantes da internet, que abriu seu capital em 2004.
A oferta de ações do Facebook pelo Goldman, por meio de um veículo especial cujo nome ainda não foi divulgado, vem sendo observada com atenção em Wall Street porque pode preparar o terreno para outras empresas de capital privado que desejam levantar capital mas sem os incômodos e despesas de ações publicamente negociadas.

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