O Facebook decidiu tomar novas medidas para aumentar sua segurança após
recentes ataques de hackers contra a conta do próprio fundador da rede
social, Mark Zuckerberg, e contra o funcionamento do site na Tunísia.
A maior rede social do mundo detalhou nesta quarta-feira em seu blog que
tem intenção de implantar medidas como o acesso generalizado ao sistema
através do protocolo "https" e, inclusive, pedir aos usuários que
identifiquem corretamente alguns de seus amigos no Facebook antes de
iniciar a sessão.
Essas medidas foram anunciadas pouco depois de se tornar público que a
conta de Zuckerberg no Facebook foi hackeada. Uma mensagem postada em
tal conta defendia que a rede social se transformasse em uma "empresa
social" e se comprometesse a investir seus lucros em causas benéficas.
Era o que informava nesta quarta-feira o site especializado TechCrunch,
que fez um "screenshot" (fotografia digital da tela) do texto antes de a
página ser inabilitada.
"Se o Facebook precisa de dinheiro, em vez de ir aos bancos, por que o
Facebook não deixa os usuários investirem no site de uma forma social?
Por que não transformar o Facebook em um 'negócio social' da forma que o
vencedor do Prêmio Nobel Muhammad Yunus descreve?", diz o texto do
hacker, em que se inclui o link do site Wikipédia onde se explica esse
conceito empresarial.
Antes de ser apagada, a mensagem foi curtida por 1.803 pessoas --além de
ter 438 comentários. A página de Zuckerberg é seguida por 2,8 milhões
de pessoas no Facebook.
O ataque ao perfil de Zuckerberg ocorre poucos dias depois de a conta do
presidente francês, Nicolas Sarkozy, também ser alvo de hackers. A
conta de Sarkozy no Facebook teve postada uma mensagem em que se
anunciava a desistência do líder em concorrer à reeleição.
Esses e outros ataques evidenciaram a alta vulnerabilidade da rede, que
só exige um nome de usuário e senha para acessá-la e se baseia no
protocolo "http", que não oferece a segurança do "https".
Tais medidas já foram aplicadas recentemente pelo Facebook para as
contas de seus usuários na Tunísia, onde manifestantes convocaram
protestos contra o Governo através da própria rede. As autoridades
tentaram posteriormente bloquear o site.
Nenhum comentário:
Postar um comentário