E não é que funciona mesmo? Na semana passada, em Nova York, a Nintendo
enfim revelou detalhes sobre o 3DS, portátil capaz de gerar gráficos 3D
sem que o jogador precise usar óculos especiais para vê-los. O aparelho
vai chegar às lojas norte-americanas em março, por US$ 250.
Além de rodar jogos em três dimensões, o aparelho tira fotos que saltam
da tela e é compatível com toda a biblioteca de títulos do DS, que já
vendeu 135 milhões de unidades no mundo.
A Folha testou o Nintendo 3DS, que vem equipado com duas telas: a
superior é a responsável pelo efeito 3D, enquanto a inferior é sensível
ao toque. Em certos jogos, a sensação de imersão é consideravelmente
ampliada com a tela 3D. Por outro lado, jogar por mais de 30 minutos
seguidos pode se tornar desconfortável.
É que durante o jogo, ao movimentar os olhos ou mesmo o portátil, por vezes fica fácil perder o foco da tela 3D.
Neste caso, é preciso recuperar o foco novamente, o que em certos jogos
pode atrapalhar (imagine perder uma posição na corrida, por exemplo). Ao
que parece, jogar no ônibus ou mesmo no avião poderá ser um problema,
por causa da trepidação.
Ao lado da tela 3D há uma alavanca para ajustar o efeito e, em último
caso, até mesmo desligá-la. Com o efeito desativado, a tela superior
exibe gráficos comuns.
A Nintendo preparou uma linha variada de games para a chegada do 3DS.
Há opções para todos os gêneros, desde o futebol de Pro Evolution Soccer
11 -que, na verdade, nada mais é do que a versão para PSP adaptada aos
gráficos 3D- até os gatos e cães virtuais de Nintendogs + Cats.
Duas das melhores opções para os jogadores no início da vida do 3DS vêm
da Capcom: Super Street Fighter IV ganhou um modo dinâmico para
reproduzir lutas em três dimensões, enquanto Resident Evil: Mercenaries
3D mostrou visual de primeira na matança de mortos-vivos.
Um dos títulos mais interessantes chama-se AR Games. Trata-se de uma
coletânea de jogos que usam realidade aumentada e que vêm com cartões
que a câmera do 3DS deve focalizar. Feito isso, os cartões dão lugar a
monstros e outros obstáculos no game Archery, e o jogador deve tentar
acertá-los, inclusive tendo que mover o próprio aparelho. No Brasil, por
enquanto, o 3DS não tem preço definido.
A data de lançamento, por sua vez, será "o mais próximo possível do lançamento mundial", segundo a própria Nintendo.
De seguro mesmo só o fato de que entre as linguagens nativas dos sistema
do console estará o português do Brasil, fato inédito em um videogame
da empresa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário